Havia mais de 100 pacientes na hora do incêndio no hospital. A suspeita é que o fogo teria começado com um curto-circuito no gerador de energia do hospital
O incêndio que atingiu, na noite desta quinta-feira (12), o Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos dez mortos. A informação é do Corpo de Bombeiros. Eles já concluíram o trabalho de busca por vítimas dentro da unidade particular de saúde.
No momento do início do fogo, havia mais de 100 pacientes no local. Cerca de 90 deles foram transferidos para outros hospitais. Durante a retirada, vários pacientes chegaram a ser acomodados na própria rua.
Quatro bombeiros também passaram mal durante a operação de combate ao incêndio e resgate de vítimas. Eles foram encaminhados para o hospital dos bombeiros.
Por causa da tragédia, a rua em frente ao hospital foi interditada para a retirada dos pacientes. E só foi liberada ao tráfego na manhã desta sexta-feira (13).
Mulher pulou da janela
A acompanhante de uma paciente caiu da janela enquanto tentava pedir ajuda. Gigiane dos Santos estava no terceiro andar do prédio, onde funcionários e pacientes chegaram a fazer uma corda improvisada com lençóis para a retirada das pessoas.
Ela tentou pular para avisar da situação, mas quebrou os dois tornozelos. Gigiane foi encaminhada para o Hospital Quinta D’Or para fazer uma cirurgia de emergência. Segundo o marido, Leonardo dos Santos, a esposa foi até a janela para pedir ajuda e avisar que havia pessoas presas no terceiro andar.
Investigações
Peritos da Polícia Civil do Rio estão tentando encontrar o foco primário do incêndio. De acordo com o delegado Roberto Ramos, que investiga o caso, ainda não é possível dizer onde começou o fogo.
A hipótese inicial é de que tenha começado com um curto-circuito no gerador de energia do hospital. Para Ramos, ainda não se pode afirmar isso. “Sabemos que o fogo chegou ao gerador, mas estamos vendo o foco primário, para saber se foi no gerador ou não”, disse.
Segundo ele, o trabalho dos peritos está sendo dificultado por questões como a fumaça, o calor e a pouca luminosidade dos locais investigados.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella chegou a dizer que o incêndio pode ter sido criminoso. Mas o delegado disse que ainda é prematuro fazer esse tipo de afirmação.
*Com informações da Agência Brasil *em atualização