Podem se inscrever aquelas empresas que têm como missão a solução total ou parcial de um problema socioambiental
Por Leulittanna Eller Inoch
Empreendedores capixabas, que respondem a pelo menos um desafio social e/ou ambiental, já podem se inscrever, até o dia 15 de fevereiro, para o 3º Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental.
A ferramenta, desenvolvida pela plataforma Pipe.Social, tem como objetivo orientar estratégias e ações dos diversos atores que estão construindo e fomentando um novo setor da economia no país, alinhado com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).
Os interessados devem fazer a inscrição pelo site https://pipe.social/. Será necessário preencher formulários informando alguns dados que serão utilizados como parâmetros para medições de impacto socioambiental promovido pelos negócios.
“É importante que as empresas capixabas que atendem aos requisitos socioambientais se inscrevam para participar do Mapa. A ferramenta serve para entendermos melhor o ecossistema do estado e também para identificar o perfil dos empresários que atuam no Espírito Santo”, destaca a analista do Sebrae/ES, Célia Perin.
Ao inscrever seu negócio, ainda existe a possibilidade da sua empresa integrar um Portfólio de Negócios reconhecidos como destaque desta edição do Mapa, atraindo a atenção, por exemplo, de investidores e aceleradoras.
Negócios de impacto social
Para a sua empresa se caracterizar como um negócio de impacto social é preciso cumprir quatro critérios: intencionalidade de resolução de um problema social e/ou ambiental; ter a solução de impacto como a atividade principal do negócio, buscar retorno financeiro, operando pela lógica de mercado e ter compromisso com monitoramento do impacto gerado.
Isso significa que os empreendedores além de deixarem clara a sua intenção de impacto e de resolver um problema social e/ou ambiental, por meio do negócio, devem ter na solução de impacto, o principal motivo da existência da empresa, ou seja o negócio precisa funcionar em prol da resolução de um problema socioambiental.
O lucro está em segundo plano, mas também é importante para caracterizar um negócio de impacto social. É necessário ter sustentabilidade financeira, gerando receita própria por meio da venda de produtos ou serviços. Também é preciso ter clareza da transformação que o negócio gera ou pretende gerar, e monitorar os indicadores de forma a identificar/medir o impacto do negócio para a sociedade.
Mapa Pipe Social
A medição teve início em 2017 e acontece a cada dois anos, trazendo dados e números atuais sobre o perfil e atuação das empresas. No último mapa, realizado em 2019, o Espírito Santo representou apenas 1% das empresas cadastradas na região Sudeste.
“Nosso objetivo é incentivar o cadastro de empresas capixabas, e mostrar que o empresariado capixaba também tem uma visão inovadora e sustentável em relação ao meio ambiente e à sociedade”, ressalta Célia Perin.
Nesses seis primeiros anos, o banco de dados da plataforma possui uma base de mais de 2 mil negócios cadastrados. As empresas inscritas na plataforma ganham visibilidade e podem iniciar novas interações com investidores.
A plataforma também oferece estudos sobre o setor, oportunidades e benchmarks, além de promover matchings no ecossistema e experiências de inovação com marcas e empresas que desejam se aproximar desse mercado. Por meio dessa ferramenta também é possível entender os desafios e oportunidades de crescimento do setor econômico no país.