Mercado tem mais um dia de pânico e banho de sangue em meio às preocupações com a doença respiratória
Após o anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificando o coronavírus como uma pandemia,o mercado financeiro entrou em pânico. Nesta quarta-feira (11), o Ibovespa fechou em queda de 7,64% a 85.171 pontos, após o segundo circuit breaker da semana.
Contudo, após o anuncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, houve algum alívio. O presidente americano afirmou que o governo usará todo o seu poder para combater a Covid-19. Com a queda de hoje, a Bolsa voltou a níveis do dia 26 de dezembro de 2018, quando o benchmark terminou cotado a 85.136 pontos.
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Trump afirmou ainda que fará coletiva de imprensa explicando todas as medidas que tomará para conter o impacto econômico da doença que já matou milhares de pessoas mundo afora. Os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 5,86% e 4,89% respectivamente.
O dólar comercial subiu 1,61% a R$ 4,7468 na compra e a R$ 4,7484 na venda. O dólar futuro para abril tem alta de 1,83%, para R$ 4,7385. Hoje, o Banco Central anunciou que interrompeu a oferta de dólar à vista e voltará a fazer leilões de swap.
Na Europa, as bolsas começaram a cair à tarde e fecharam no negativo. Durante toda manhã os índices subiam em meio às falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. De acordo com o presidente, há risco dessa crise ser como a de 2008 e, portanto, a autoridade monetária precisaria agir. Uma reunião do BCE está agendada para amnhã.
Além disso, o banco central da Inglaterra cortou inesperadamente a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual.
A União Europeia anunciou que usará 25 bilhões de euros para combater os efeitos do coronavírus, que obrigou a Itália a adotar medidas radicais para evitar a propagação da doença. O número de casos do coronavírus superou 110 mil no mundo e mil nos EUA.
Por aqui, o Ministério da Economia reduziu a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 para um crescimento de 2,1%, ante 2,4% anteriormente.
*Da redação, com informações InfoMoney