Com foco em vela e pesca esportiva, o Iate Clube forma jovens atletas e promove competições com práticas sustentáveis e inclusivas
Por Kebim Tamanini
Com 78 anos de história, o Iate Clube do Espírito Santo, localizado na capital Vitória, se consolidou como um dos principais incentivadores da prática esportiva no estado. Sob a liderança do comodoro Fabiano Pereira, à frente do clube desde 2022 e recentemente reconduzido ao cargo, o clube tem se reinventado ao longo dos anos, apostando fortemente no desenvolvimento esportivo de jovens e no fortalecimento de modalidades como a vela e a pesca esportiva.
“Na verdade, o Iate Clube hoje, acredito que é um dos únicos clubes do Espírito Santo que vem se reinventando através do esporte”, afirma Fabiano Pereira. Para o comodoro, o incentivo à prática esportiva desde a infância é um dos pilares que sustenta o clube.
“O esporte é a base de toda sociedade, da educação, da disciplina, do entrosamento e da parceria. O incentivo a partir dos oito anos para que as crianças ingressem no esporte cria uma vertente que se prolonga no tempo. A criança de hoje é o nosso atleta de amanhã, e é isso que nos fortalece”, ressalta Pereira.
O Iate Clube trabalha com duas grandes frentes esportivas: a vela e a pesca esportiva. No esporte náutico, o clube oferece um programa de formação de atletas que inicia crianças a partir de 8 anos na classe Optimist, uma das mais populares para iniciantes na vela, e, conforme avançam, passam para classes mais competitivas, como Sniper, Laser e, eventualmente, a classe Oceano, com embarcações maiores.
“Estamos trabalhando na base com nossos jovens atletas, que começam aos 8 anos e vão até os 15. No clube, cultivamos o esporte náutico e o contato com o mar desde cedo, o que desenvolve nas crianças um senso de responsabilidade e habilidades como a tomada de decisão e a leitura do tempo e dos ventos”, explica Fabiano.
Essa formação tem dado frutos significativos: atualmente, os jovens velejadores Lívia e Thorby estão entre os três melhores do continente.
Além da vela, a pesca esportiva também é uma vertente importante no clube. Diferente da pesca predatória, a prática adotada pelo Iate Clube é a “pescar e soltar”, especialmente em competições que envolvem a captura do marlim, uma espécie comum nas águas de Vitória.
“Estamos mudando a cultura da pesca, que agora é voltada para o ‘pescar e soltar’. A pontuação nas competições é feita com base na filmagem, e não na quantidade de peixe capturado”, destaca Fabiano.
Com um calendário anual que inclui modalidades como pesca de fundo, arremesso e pesca de cais, o clube atrai entusiastas de todo o Brasil e do exterior. A expectativa para 2025 é alta, com a realização de um grande campeonato em janeiro, que contará com a participação de cerca de 300 embarcações, incluindo delegações da Argentina, dos Estados Unidos e de diversos clubes brasileiros.