A startup Housi, que oferece serviços de moradia por assinatura, chega ao Espírito Santo para movimentar ecossistema de inovação no setor imobiliário
Por Redação
O mercado imobiliário capixaba é um dos mais aquecidos do País e tem se destacado como um local promissor para investimentos. Somado a isso, nos últimos anos, a tendência mundial aponta para um movimento global em direção a moradias conectadas e multifuncionais, em que a digitalização e a inovação se tornam essenciais para atender às novas demandas e agregar valor aos empreendimentos.
À luz do conceito de smart living , a Housi, pioneira brasileira no mercado de proptechs, chegou ao Espírito Santo com o apoio estratégico do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Funses1. Já em terras capixabas, a empresa iniciou suas atividades e está estabelecida em um escritório no Base 27, ponto focal de atendimento da corporação no Estado atualmente.
Nesta terça-feira (05), a proptech promoveu um evento de mobilização do ecossistema de inovação, com o propósito de elaborar um mapeamento do mercado de startups locais. O objetivo é identificar parcerias e criar um ambiente favorável para o crescimento de novas soluções tecnológicas.
A startup, que oferece os serviços de moradia por assinatura e já atua em todos os estados e em mais de 200 cidades do Brasil, recebeu um aporte de R$ 20 milhões do Fundo coordenado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e gerido pela Quartzo Capital.
O objetivo da operação é fortalecer a presença da marca no mercado capixaba, expandir suas operações, além de fomentar a inovação local e criar oportunidades econômicas. Para o próximo ano, a proptech prevê a inauguração de seu próprio hub sediado no Espírito Santo, isto é, uma unidade de negócios com vistas ao mercado imobiliário.
Soluções inovadoras para o mercado imobiliário
Fundada em 2019 pelo CEO Alexandre Lafer Frankel, a Housi surgiu, inicialmente, com o propósito de oferecer gestão facilitada para investidores que buscam rentabilizar seus imóveis. Com a pandemia, o modelo de negócios evoluiu para a inclusão de parcerias com incorporadoras em todo o país, ampliando sua atuação para mais de 200 mil apartamentos ativos em mais de mil prédios. Com o aporte do Funses 1, a startup pretende consolidar ainda mais sua posição no mercado imobiliário, acelerando a transformação digital do setor.
“O Fundo Soberano foi uma estratégia pensada para não ficarmos dependentes do Petróleo. Usamos recursos finitos pensando no desenvolvimento do Estado e nas futuras gerações. E a Housi é uma das empresas que estão participando do Fundo Soberano e que estão trazendo desenvolvimento para o Espírito Santo. Nosso Estado não pode ser apenas usuário de tecnologia, temos que ser provedores, precisamos estar na vanguarda da Inovação e a Housi vem para ratificar essa nossa política de transformar o Espírito Santo em um polo de referência em tecnologia”, enfatizou o governador Renato Casagrande.
O fomento ao ambiente de negócios, com atração de novas empresas e incentivo ao ecossistema de inovação, faz parte das estratégias de desenvolvimento do governo do Estado.
“Aqui no Espírito Santo há esse apoio muito relevante para atrair e incentivar empreendedores que podem contribuir com o desenvolvimento social e econômico. Os investimentos são significativos, superando o número de 60 startups para o desenvolvimento de novos negócios, inovadores e estratégicos. A chegada e evolução da Housi em nosso estado estimula o ecossistema de negócios em tecnologia, criando novas oportunidades econômicas e atraindo mais investimentos que estão associados à atividade que ela desempenha. No radar estão a consolidação de um centro tecnológico, a contratação de profissionais da área e parcerias com startups locais. Investir recursos do Fundo Soberano em propostas sólidas que geram novos negócios e prosperidade é um modelo eficiente e sustentável”, destacou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.
O diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive, destacou a importância do investimento como um case que demonstra a relevância do FIP para elevar o impacto das startups no mercado. “O FIP Funses 1 é pautado no fomento à inovação no Espírito Santo, visando ao fortalecimento de todo o setor produtivo capixaba. O aporte da Housi, o qual é notoriamente o maior investimento do Fundo até o momento, explicita o empenho do Bandes em apoiar empresas que trazem soluções transformadoras para o mercado”, salientou.
Otimização e tecnologia – as moradias do presente e do futuro
A Housi oferece um modelo de aluguel inteligente que redefine o conceito de moradia tradicional. A empresa proporciona uma experiência de habitação flexível, permitindo a escolha da duração do contrato de locação mediante as necessidades do cliente. Além de oferecer imóveis modernos e tecnologicamente equipados, a Housi conecta uma ampla gama de serviços, que abrangem desde aluguel de automóveis e adegas de vinhos até serviços de cuidados para pets e entrega de produtos sob demanda.
O conceito de smart living é central nesta proposta, que se propõe a disponibilizar ambientes residenciais conectados e otimizados. A integração de tecnologia de ponta transforma os imóveis em espaços inteligentes, capazes de simplificar o dia a dia dos moradores por meio de soluções inovadoras e serviços compartilhados.
“Estando presente geograficamente em uma região que tem um dos mercados mais aquecidos do setor imobiliário atualmente, a Housi pretende fomentar a inovação, gerando um impacto positivo no ecossistema de negócios do Estado, criar oportunidades econômicas, além de impulsionar a expansão para outras regiões como Centro-Oeste e Nordeste”, mencionou o CEO e fundador da Housi, Alexandre Frankel, sobre a importância da atuação da empresa para o mercado capixaba.
Próximos passos
Para o futuro, a Housi define seus principais objetivos com base em estudos de orientações do mercado. A economia compartilhada, por exemplo, é percebida como uma tendência do futuro da moradia, sendo foco de investimentos da empresa. A ideia inclui o compartilhamento de produtos, serviços e espaços, tais como áreas de co-working e co-living. Desta maneira, a proptech oferece unidades compactas, já decoradas e equipadas com dispositivos ultramodernos, junto a uma variedade de espaços compartilhados que favorecem a otimização do tempo do morador, que tem a possibilidade “fazer quase tudo, sem sair de casa”.
Uma outra tendência, tida com potencial de crescimento no mercado nos próximos anos, é a tokenização, que visa facilitar o ingresso de pequenos investidores no mercado. O processo ocorre por meio de um sistema que converte ativos imobiliários em digitais. Estes podem ser comercializados de forma rápida e com margem para negociação, dividindo a propriedade entre vários donos. Na Housi, a tokenização já está em vigor e é estimada uma expansão em 2025.
“Com o crescimento expressivo da Housi após cinco anos de fundação, a proptech se tornou a maior incorporadora virtual do País sem ter um único ativo, graças à popularização de uma nova forma de morar, baseada em tecnologia”, frisou Frankel.
Até o final deste ano, a Housi prevê alcançar a marca de mais de 140 lançamentos em todo o Brasil, dando continuidade às parcerias estratégicas com construtoras e incorporadoras regionais. Além disso, é esperado um valor geral de venda (VGV) de R$ 10 bilhões, que é superior ao número estimado pelas maiores construtoras nacionais.