Além do governador Robinson Faria (PSD), outros dois assessores – Adelson Freitas dos Reis e Magaly Cristina da Silva – são suspeitos de prática de crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (15), cerca de 70 agentes da Polícia Federal (PF) participam da Operação Anteros. Há 11 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sendo cumpridos, sendo nove de busca e apreensão e dois de prisão.
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) e os assessores Adelson Freitas dos Reis e Magaly Cristina da Silva – são suspeitos de prática de crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Governador suspeito
Faria é investigado por suspeita de fraudes na contratação de funcionários da Assembleia Legislativa a partir de 2006, época em que presidia o Parlamento. Faria também é suspeito de tentar comprar o silêncio de um dos delatores da Operação Dama de Espadas, deflagrada em agosto de 2015.
Em maio, ao denunciar 24 pessoas investigadas na Operação Dama de Espadas, o Ministério Público afirmou que os desvios dos cofres da Assembleia Legislativa podem superar os R$ 5,5 milhões. Segundo as autoridades, os recursos públicos eram desviados por meio da inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento da assembleia.
Policiais federais recolheram documentos e provas para análise em diferentes locais. Entre eles, em dois imóveis residenciais pertencentes a Faria, na Governadoria e na Assembleia Legislativa.
Como o processo corre em segredo de Justiça, a PF e o STJ não divulgaram mais detalhes sobre a operação. Segundo a Agência Brasil, a assessoria do governo potiguar se limitou a informar que Robinson Faria ainda não se manifestou sobre a ação policial, mas deve divulgar uma nota.