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quinta-feira, 18 abril, 2024

Forró poderá ser considerado patrimônio imaterial

A ideia do instituto é buscar matrizes culturais e transformá-las em patrimônio até 2020

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deseja transformar o forró em um patrimônio cultural imaterial até 2020. Para isso, o instituto criou uma pesquisa que está sendo realizada em nove Estados para descobrir a raiz e a forma de expressão que além de gêneros musicais.

A pesquisa já foi realizada no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, nos quais usam o som da sanfona, zabumba e do triângulo como forma de expressão cultural.

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O maestro Marcos Farias, filho da cantora Marinês (1935-2007) e afilhado de Luiz Gonzaga (1912-1989), o Rei do Baião, e outros músicos apreciaram a ideia. Isso porque, para ele, muitos grupos e artistas que se denominam “de forró” fazem adaptações de cumbia e zouk (de países hispânicos sul-americanos e caribenhos).

Forró poderá ser considerado patrimônio imaterial
Luiz Gonzaga, o rei do Baião. – Foto: Divulgação

O diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Hermano Queiroz, afirmou que “o objetivo do registro não é dar autenticidade a uma narrativa”. Ele destacou que “o patrimônio cultural é dinâmico”.

Além disso, a intenção não é saber a matriz do ritmo, mas, sim, “mapear todos olhares e narrativas sobre esse bem imaterial’ e permitir que músicos de diferentes lugares se conheçam e passem a “ter a compreensão de que embora espraiados em todo o território cultural são irmãos”.

Origem do nome

Há uma possível explicação acerca do nome forró. De acordo com o maestro Marcos Farias, o compositor e instrumentista Sivuca (1930-2006) defendia a tese de que a palavra tem como origem a expressão em inglês de “for all”.

Entretanto, o termo havia começado no século 19 por causa da presença de trabalhadores ingleses, mas a origem da palavra forró foi atualizada no século 20.

Já o etnomusicólogo Carlos Sandroni, professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e responsável pela pesquisa do Iphan, discorda. Ele acredita que a palavra forró foi usada “para designar uma festa popular com dança, com música e com bebida”.

Segundo a edição de dicionário de 1912 tem a palavra forrobodó. Na edição do ano seguinte, já tem forrobodó e forró. Ao que tudo indica forró é uma abreviação de forrobodó”, que, segundo o filólogo Evanildo Bechara, forrobodó é originado da palavra galega forbodó.

Forró poderá ser considerado patrimônio imaterial
Foto: Divulgação / Fenfit
Itaúnas

No Espírito Santo, a pacata vila de Itaúnas, localizada em Conceição da Barra, é conhecida como a “Capital do Forró”. Todos os anos é realizado o tradicional Festival Nacional de Forró de Itaúnas (Fenfit) que surgiu em 2001, como incremento ao movimento forró pé-de-serra da década de 80.

O evento acontece em julho e reúne, em média, 3 mil pessoas. Por lá, passam artistas nacionais e locais e já revelou grupos como Falamansa, Rastapé e Trio Virgulino. Hoje, o forró em Itaúnas ocorre, principalmente, em feriados, temporadas de férias e recesso escolar, Reveillon e Carnaval.

*Da redação com informações da Agência Brasil


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