Sem tempo para lamentar, os cariocas agora tentam se reerguer para a disputa do Brasileirão, com Athletico-PR, no domingo, e para as semifinais da Copa do Brasil diante do Corinthians, que abrem daqui uma semana no Maracanã
Em busca de vaga na final do dia 30 de novembro, em Buenos Aires, o Peñarol terá novo rival do Rio de Janeiro pelo caminho. Vai encarar o Botafogo, algoz do São Paulo, em uma das semifinais. Do outro lado da chave se enfrentam Atlético-MG e River Plate.
Foi o sexto encontro entre Flamengo e Peñarol na história da Copa Libertadores e novamente sem um bola sequer nas redes adversárias do representante do futebol verde e amarelo. Muito pelo nervosismo ou pela boa presença do goleiro Aguerre, destaque em Montevidéu.
Sem tempo para lamentar, os cariocas agora tentam se reerguer para a disputa do Brasileirão, no qual estão 11 pontos atrás do líder Botafogo, na quarta colocação – recebem o Athletico-PR, no domingo -, e para as semifinais da Copa do Brasil diante do Corinthians, que abrem daqui uma semana no Maracanã.
FESTA URUGUAIA DESDE O INÍCIO
A empolgação dos torcedores uruguaios era um adversário de peso a mais para os comandados de Tite, apenas com Léo Ortiz com o novidade em relação ao jogo de ida, com derrota por 1 a 0 no Maracanã. Além do retrospecto de quatro derrotas e um empate na Libertadores contra o adversário, sem nenhum gol anotado.
Os ensurdecedores estampidos dos rojões ainda davam o tom do clima hostil aos brasileiros e de incentivo aos locais quando os times já tinham trocado flâmulas e definido quem sairia com a bola. O atraso no apito inicial acabou inevitável. Foram cinco minutos de espera.
E o vermelho que predominou nas arquibancadas há uma semana, agora dava lugar ao amarelo. Tite, contudo, prometia empenho e atitude distintas do Rio e o gol que faltou na partida caseira. E por pouco a cabeçada de Plata no cruzamento de Gerson não balança às redes logo aos dois minutos. O goleiro voou para segurar.
A primeira chance uruguaia veio em cobrança de falta de Leo Fernández espalmada por Rossi aos 21 minutos. O Peñarol não acelerava o jogo com o relógio a seu favor. Se fechava com cinco atrás e evitava correr riscos. Gerson assustou em batida em cima de Aguerre, que ainda teve arrojo para dividir nos pés de De la Cruz.
Ciente que precisava de um algo a mais após o intervalo, Tite demorou em sua palestra com a equipe no vestiário. Voltou com atraso e sem mudanças, dando voto de confiança aos 11 escalados. Gabigol, esperança de gol, seguira como opção.
Com menos de um minuto, Bruno Henrique saiu livre pela esquerda e parou nos pés de Aguerre. O goleiro uruguaio era um paredão. O Flamengo aparecia com sete jogadores na frente para furar o ferrolho aurinegro e não conseguia a finalização buscada.
Vendo a postura do Peñarol de pouco atacar e apenas fazer o tempo passar – cada falta era valorizada pelos adversários -, Tite chamou Gabigol e o veloz Wesley para dar mais dinamismo ao setor ofensivo antes dos 15 minutos.
O relógio andava rápido e o desespero começou a afetar o Flamengo. Erros de passes na saída de bola quase custaram caro. García bateu raspando aos 23 em grande oportunidade do Peñarol. Desorganizado, com Léo Pereira atuando de meia, os cariocas apelaram aos chuveirinhos nos minutos finais. A estratégia não surtiu efeito e a festa dos uruguaios se confirmou mais uma vez. (Agência Estado)
FICHA TÉCNICA
PEÑAROL – Aguerre; Milans, Javier Méndez, Rodríguez e Maxi Olivera; Cabrera (Lucas Hernandéz), García, Darias (Ramírez), Jaime Baez (Sequeira) e Leo Fernández; Maxi Silvera (Facundo Batista). Técnico: Diego Aguirre.
FLAMENGO – Rossi; Varela (Wesley), Fabrício Bruno (David Luiz), Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas); Léo Ortiz (Matheus Gonçalves), De la Cruz, Gerson e Arrascaeta; Plata (Gabigol) e Bruno Henrique. Técnico: Tite.
CARTÕES AMARELOS – Plata e Léo Ortiz (Flamengo).
ÁRBITRO – Facundo Tello (ARG).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu (URU).