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quarta-feira, 24 abril, 2024

18,8 milhões de famílias sobrevivem sem renda do trabalho

Nos domicílios de renda muito baixa, a perda foi de 2,8%, passando de R$ 1.106 em outubro para R$ 1.075 em novembro

Por Daniela Amorim (AE)

Cerca de 18,842 milhões de famílias brasileiras sobreviviam em novembro sem nenhuma fonte de renda obtida através do trabalho. O montante equivale a 27,25% de todos os domicílios do País. No primeiro trimestre de 2020, essa proporção era consideravelmente mais baixa, de 23,5%, o que ajuda a dimensionar o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre o extermínio de vagas no mercado de trabalho.

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Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que teve como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), ambas apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro, 4,32% dos domicílios brasileiros, cerca de 2,95 milhões de famílias, sobreviveram exclusivamente com os recursos recebidos do auxílio emergencial, cerca de 300 mil a menos do que em outubro. A proporção de domicílios dependentes unicamente do auxílio emergencial alcançou 12,87% no Amapá, 9,59% no Piauí, 8,71% no Ceará, 8,31% no Maranhão e 8,29% em Roraima.

Apesar da redução no valor do auxílio, que passou de R$ 600 para R$ 300 em setembro, os recursos ainda foram suficientes para superar em 35% a perda da massa salarial entre os que permaneceram ocupados em novembro.

O volume de recursos pagos pelo auxílio emergencial caiu de R$ 21 bilhões em outubro para R$ 16,5 bilhões em novembro, o que reduziu também a massa de renda efetiva das famílias. Embora a massa de renda efetiva obtida do trabalho tenha crescido e a proporção de domicílios exclusivamente dependentes do auxílio tenha diminuído, a massa total de rendimentos das famílias encolheu de R$ 274 bilhões em outubro para R$ 270 bilhões em novembro, ou seja, a melhora na renda do trabalho ainda não compensou a queda no auxílio.

A renda média total domiciliar caiu de R$ 3.851 em outubro para R$ 3.783 em novembro, uma redução de 1,76%. Nos domicílios de renda muito baixa, a perda foi de 2,8%, passando de R$ 1.106 em outubro para R$ 1.075 em novembro.

“Os resultados apresentados mostram que, principalmente entre os domicílios de baixa renda, o AE ainda foi relevante para a manutenção da renda média domiciliar em novembro, como tem sido desde o início da pandemia”, apontou o Ipea, na Carta de Conjuntura.

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