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sábado, 5 DE outubro DE 2024

Endividamento das famílias aumenta em julho

Apesar do leve crescimento em relação ao mês anterior, acumulado do ano está em retração

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias com dívidas alcançou 59,6% em julho, apresentando alta em relação aos 58,6% observados em junho – a primeira registrada em 2018. Porém, houve redução na comparação anual, quando o indicador alcançou 60,2% do total de famílias.

O estudo mostra que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso se manteve estável em 23,7%, registrados também no mês de junho. Entretanto, houve queda do percentual de famílias inadimplentes em relação a julho de 2017, que havia alcançado 25,5% do total.

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O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também ficou estável em 9,4% entre junho e julho de 2018, apresentando queda em relação aos 9,9% de julho de 2017.
“Apesar do aumento pontual, o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos”, diz a economista da CNC Marianne Hanson.

O cartão de crédito, mais uma vez, aparece como principal tipo de dívida, apontado por 77,7% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (13,9%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (10,6%).

Nível de endividamento

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas apresentou um pequeno aumento em relação a junho, passando de 13,0% para 13,2% do total de entrevistadas. Já na comparação anual, houve queda de 1,4 ponto percentual.
Comparando julho de 2017 e julho deste ano, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 22,2% para 22,6%, e a parcela pouco endividada passou de 23,4% para 23,8% do total de famílias.

Prazo de endividamento

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 62,9 dias em julho de 2018, abaixo dos 63,1 no mesmo período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,5% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 20,5% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

*Com informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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