22.1 C
Vitória
sábado, 20 abril, 2024

Falar de problemas financeiros no trabalho pega mal?

Empresas precisam estar preparadas para ouvir e ajudar em casos de emergência

Parcelas do imóvel em atraso, fatura do cartão de crédito que saiu do controle e orçamento comprometido com despesas supérfluas. Quando a saúde financeira vai mal, o bem-estar físico e emocional também fica comprometido, gerando uma série de problemas que podem afetar a saúde e o desempenho profissional.

Os gestores das empresas precisam estar preparados para ouvir e ajudar em casos de emergência, bem como ficar atentos a qualquer sinal de desequilíbrio que a questão possa causar na atmosfera corporativa. Essa é a recomendação CEO e cofundador da Creditoo, primeira plataforma 100% online de empréstimo consignado para funcionários de empresas privadas, Ramires Paiva.

- Continua após a publicidade -

Afinal, problemas financeiros ainda são considerados um tema delicado, que requer cuidado na abordagem dentro do ambiente profissional. Caso contrário, pode “pegar mal” para o funcionário, soando como um pedido de aumento ou passando uma imagem equivocada aos colegas, associada ao descontrole, incapacidade de planejamento e falta de visão de longo prazo.

Por outro lado, fazer de conta que o problema não existe não vai eliminá-lo. Quando o assunto é tratado entre colegas, o mais importante é lembrar que eles estão lidando com pessoas – ou seja, com sentimentos. Uma conversa transparente e verdadeira sempre é a melhor saída.

Estudo da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, com a Unicamp e o instituto de pesquisa Axxus, aponta que 84% dos trabalhadores brasileiros têm algum problema financeiro. Ao todo, apenas 16% conseguem fazer um planejamento de gastos e pagar as próprias contas com o salário.

O papel do RH
Falar de problemas financeiros no trabalho pega mal?
Ramires Paiva (Fotografia – Divulgação)

De acordo com Ramires, qualquer situação que fuja da normalidade merece uma intervenção pontual e personalizada por parte do RH. Os departamentos precisam estar abertos a dialogar e a prestar ajuda, desenvolvendo programas de benefícios mais completos e adequados às necessidades de cada colaborador.

“Geralmente, o endividamento está relacionado à falta de educação financeira do brasileiro. Aprender a fazer uma boa gestão das despesas, para não comprometer o orçamento de maneira insustentável pode evitar problemas no futuro”, destaca Ramires. Desta forma, estruturar programas de coach financeiro e oferecer fontes de recursos mais acessíveis aos funcionários consistem em medidas que atacam o problema diretamente, além de prevenir reincidências.

Infelizmente, nem todos os funcionários que trabalham com carteira assinada sabem que, assim como os servidores públicos, também têm direito garantido por lei a uma modalidade de crédito que possui as taxas mais baratas do mercado, o crédito consignado, com desconto na folha de pagamentos. Caso a empresa não tenha essa opção em sua política de benefícios, os funcionários podem, inclusive, solicitar ao RH que busquem parcerias com instituições.

“Cobrir o saldo negativo no banco com um consignado privado, por exemplo, sai bem mais em conta para o funcionário. Ele terá melhor prazo e menor juros para quitar a dívida cara, sem se comprometer com parcelas impagáveis”, explica Ramires. Segundo dados do Banco Central, a taxa média desse tipo de empréstimo é de 2,7% ao mês, percentual bem abaixo do cartão de crédito (11,9% a.m.) e do cheque especial (12,5% a.m.).


LEIA TAMBÉM

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA