Uma movimentação atípica ocorreu nos primeiros meses deste ano nas exportações de rochas ornamentais do Estado, que apresentaram um aumento de 20% nas vendas para a China, após apresentaram quedas significativas em 2015; enquanto que as operações para os Estados Unidos, maior comprador de chapas do Brasil, diminuíram em 7%.
O aquecimento na China foi comprovado durante a última edição da Xiamen Stone Fair, realizada no mês março no país asiático, conforme aponta Olívia Tirello, superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas). “Os empresários voltaram muito satisfeitos de lá, com boas perspectivas de negócios”.
Porém, nem mesmo a atuação da China foi capaz de sustentar um resultado positivo nas exportações capixabas de janeiro e fevereiro deste ano, que tiveram uma retração de 2,48% se comparadas com o mesmo período de 2015, de acordo com o Centrorochas.
O dado negativo pode ser justificado, segundo Olívia Tirello, pela redução do preço da mercadoria em dólar. Em 2015, o valor médio caiu em 7,76%, na comparação com 2014, enquanto que nos dois primeiros meses de 2016, esse percentual atingiu uma queda de 14,27%, em relação ao ano passado.
“Vivemos um momento de insegurança e incerteza política, que se reflete de forma negativa no cenário econômico. Acompanhamos diariamente a oscilação do real frente ao dólar. É um momento de cautela, e utilizar a redução de preços de materiais em dólar como ferramenta de negociação comercial pode, em um futuro, representar estratégia equivocada e refletir na saúde financeira/econômica das empresas”, alerta a superintendente.