Ghosn, que é franco-brasileiro, foi libertado, mas terá que cumprir exigências
O executivo franco-brasileiro Carlos Ghosn, de 64 anos, foi libertado nesta quarta-feira (06), após 108 dias preso em Tóquio, no Japão. O ex-empresário precisou pagar fiança de U$S 9 milhões (cerca de R$ 34 milhões) e terá que cumprir uma série de exigências.
De acordo com a Agência Brasil, o ex-presidente da Nissan Motor foi indiciado por suspeita de fraudes e violação de instrumentos legais da empresa. A pena foi agravada pela quebra de confiança por transferir inadequadamente os fundos da Nissan.
Em janeiro, o segundo pedido de liberdade, feito pela defesa de Ghosn, foi negado por um tribunal de Tóquio. Na ocasião, os advogados prometeram apelar. E nessa terça-feira (05), o Tribunal Distrital de Tóquio recusou novamente o pedido, mas era uma nova equipe de advogados que assessoravam o ex-empresário.

Segundo os termos de fiança, Ghosn fica proibido de deixar o país e deve aderir às condições destinadas a impedi-lo de fugir ou destruir provas. Também precisa de aprovação do tribunal para participar de reuniões de diretoria na Nissan ou na Renault. Ele supervisionou a aliança entre as montadoras e a Mitsubishi Motors.
O ex-empresário foi retirado da presidência da Nissan e da Mitsubishi. Entretanto, a Renault o manteve na direção. Mas ele finalmente renunciou em janeiro.
Entenda o caso
O ex-presidente do conselho de administração da Nissan, Carlos Ghosn, ficou detido por dois meses. Ele foi denunciado por grave quebra de confiança e por ter relatado um valor menor para sua remuneração. Ghosn negou todas as acusações.
No Japão, suspeitos sob investigação de promotores especiais tendem a permanecer detidos por longo período quando negam as acusações. Mesmo que o tribunal aceite um pedido de liberdade, os suspeitos costumam ser soltos sob difíceis condições, visando a evitar que fujam e alterem evidências.
*Da redação com informações da Agência Brasil