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domingo, 7 DE julho DE 2024

Ex-diretora da Americanas chega ao País e entrega passaporte à PF

Anna foi alvo na semana passada da Operação Disclosure, da PF, que investiga a fraude na Americanas

A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, investigada por envolvimento em fraude contábil de R$ 25,3 bilhões na empresa, desembarcou na segunda-feira, 1, no Brasil e entregou o passaporte à Polícia Federal no posto do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Autoridades e advogados organizaram uma chegada discreta para a executiva, que estava em Lisboa desde o último dia 15, quando teve ordem de prisão preventiva decretada. Ela saiu por uma porta lateral antes do final do corredor dos passageiros que desembarcam no saguão principal do terminal 3, de Guarulhos, e a poucos passos do posto da Polícia Federal.

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De lá, a defesa da advogada teve acesso ao estacionamento reservado à PF, cercado por grades, para que ela deixasse o local sem passar pela imprensa. Agentes da PF também não permitiram que fotógrafos profissionais fizessem imagens da área por cima do muro.

Anna foi alvo na semana passada da Operação Disclosure, da PF, que investiga a fraude na Americanas. Além dela, outros 13 ex-funcionários são investigados, entre eles, Miguel Gutierrez, que ocupou o cargo de CEO (mais informações nesta página).

A crise foi deflagrada em 11 de janeiro de 2023, quando Sergio Rial renunciou ao cargo de CEO da varejista – cerca de dez dias depois de sua posse – e revelou a existência de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. A PF apura supostos crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem chegar a 26 anos de reclusão.

Justiça

A determinação de que Anna deveria ser tratada com discrição partiu do juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, da 10.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que substituiu a ordem de detenção preventiva por uma medida cautelar após a defesa dela informar que a ex-diretora se comprometia a retornar ao Brasil.

Na decisão, o magistrado determinou que ela deveria apenas se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa, “sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”.

A operação, organizada com base na delação de dois ex-funcionários da Americanas, aponta que, na época em que balanços eram maquiados, um arquivo chamado “verdes e vermelhos” continha a expectativa de especialistas sobre a empresa. Quando a meta não era alcançada, o resultado era manipulado para elevar a cotação das ações. Termos como “soluções criativas” eram senhas na fraude. (Agência Estado).

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