Estimativa é chegar a 4,3 milhões de sacas, aumento em torno de 45%
Por Redação
Um evento realizado no sítio da família Stöckl, em Marechal Floriano, marcou o início da colheita do arábica no Estado. Se confirmar a estimativa para a safra 2024, que prevê aumento em torno de 45%, os produtores só têm a comemorar. No ano passado, foram produzidas 2,9 milhões de sacas de 60 kg, em uma área de 130,8 mil hectares, com produtividade média de 21,9 sacas por hectare. Para este ano, a estimativa é de aumento na produção para até 4,3 milhões de sacas, alcançando 30 sacas por hectare, o que mostra evolução na produtividade.
Ocupando a terceira posição no ranking de maior produtor de café arábica do País, o Estado registrou crescimento de 71% em exportações do agronegócio, com destaque para a cafeicultura. No crédito rural, a previsão é encerrar o ano safra com mais de R$ 7 bilhões aplicados. No ano anterior, foi um pouco mais de R$ 5 bilhões.
“A cafeicultura é muito representativa para os capixabas, além de ter uma grande significância na economia do Espírito Santo. O governo tem compromisso com os agricultores, por isso estamos realizando o maior investimento da história nessa área. São obras de calçamento rural e infraestrutura no campo. Estamos liderando ainda uma mudança na cafeicultura do nosso Estado por meio do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural)”, disse o governador Renato Casagrande.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a importância do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do ES, a meta de propriedades certificadas no ES e o resultado da última semana internacional do café.
“Um dos projetos do programa é chegarmos a 35 mil propriedades, com um currículo mínimo de sustentabilidade. Tenho certeza de que com o nosso time do Incaper e os demais parceiros, como as Secretarias municipais da agricultura, Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural], Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], nós vamos conquistar. Esse momento será certamente uma evolução da cafeicultura capixaba, que já é referência mundial”, ressaltou o secretário.
Já o diretor-geral do Incaper, Franco Fiorot, disse que o Incaper tem apoiado o processo de renovação do parque de café arábica no Estado, por meio da indicação de novas cultivares aos produtores, uma medida fundamental para o aumento da produtividade. “Em outubro, faremos uma nova recomendação de variedades mais produtivas e resistentes. Também estamos intensificando a assistência para as propriedades se adequarem aos critérios de sustentabilidade, com o projeto Cafeicultura Sustentável. Além de propiciar avanços socioambientais e econômicos na atividade, esse é um trabalho estratégico para que o café capixaba ganhe competitividade nos exigentes mercados internacionais”.