Após Coreia do Norte realizar mais um teste nuclear, EUA endurece o discurso e afirma que Pyongyang “está a pedir uma guerra”
Um dia após Pyongyang realizar o sexto teste nuclear, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu novamente em caráter de emergência, nesta segunda-feira (04). Dessa vez, os Estados Unidos endureceram o discurso contra o regime liderado por Kim Jong-un.
“Temos de adotar as medidas mais duras possíveis” em relação à Coreia do Norte, pediu a embaixadora norte-americana, Nikki Haley. Ela disse ainda que Pyongyang “está a pedir uma guerra”. Mas, acrescentou que “guerra é algo que os EUA nunca desejam”. Ao final, deixou um aviso: “A paciência do nosso país não é ilimitada.”
Coreia do Norte
A embaixadora classificou de “insultuosa” uma proposta apoiada pela China e pela Rússia. A proposta é suspender os exercícios militares conjuntos dos EUA com os aliados regionais, em troca da paralisação do desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano. “Apenas as sanções mais fortes irão permitir que este problema seja resolvido através da diplomacia”, acrescentou Haley.
Pyongyang justifica os seus sucessivos testes balísticos e nucleares como uma medida “defensiva” perante aquilo que encara como uma ameaça representada pelos EUA.
O embaixador chinês no Conselho de Segurança, Liu Jieyi, deixou um apelo direto à Coreia do Norte para “parar com as ações erradas”, mas voltou a colocar em cima da mesa a proposta de uma paralisação conjunta dos exercícios militares norte-americanos e do programa nuclear norte-coreano.
No mês passado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou o mais duro pacote de sanções econômicas dirigido contra a Coreia do Norte, que atinge cerca de um terço das suas exportações anuais.
Na sequência do ensaio de domingo, o Presidente dos EUA, Donald Trump, aludiu à possibilidade de cortar relações econômicas com países que continuem a fazer trocas comerciais com a Coreia do Norte, num recado claramente dirigido a Pequim, principal parceiro comercial de Pyongyang