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sábado, 4 maio, 2024

Estudo alerta sobre o impacto dos anabolizantes na saúde

Especialistas alertam que esteroides são indicados para quadros específicos e devem ser prescritos por um médico

Dados atuais, a exemplo dos levantados pelo estudo HAARLEM, sugerem alterações na pressão arterial e na parede dos vasos sanguíneos, entre outros problemas, inclusive, irreversíveis, devido ao uso de anabolizantes. E, mais, o hormônio pode começar a danificar o coração já na quarta semana após o início do consumo.

Ricardo Mourilhe, coordenador da área de cardiologia dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, da rede Americas, informa que esse tipo de terapia de reposição requer minuciosa avaliação especializada e não deve ser feita sem supervisão em nenhuma hipótese. O médico aponta que a terapia precisa ser indicada exclusivamente aos homens com quadros de declínio progressivo nas taxas de testosterona no sangue em valores abaixo da normalidade.

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“Importante salientar que as pessoas não devem realizar nenhum tipo de reposição sem avaliação clínica, muito menos para fins estéticos, por haver riscos importantes para a saúde, especialmente, a cardiovascular”, alerta.

Mourilhe explica que, de acordo com diversas pesquisas, existem dados de alterações precoces como o aumento da pressão arterial, problemas nas paredes dos vasos sanguíneos, elevações de taxas de lipídios (colesterol e triglicerídeos), entre outros males. “O coração pode apresentar deficiência a partir da quarta semana desses usos, além de haver o risco de ocorrer a chamada hipertrofia cardíaca, que costuma permanecer no corpo por até um ano. Outro problema mais crítico é a possibilidade da perda da força da contração do coração, essa última sem nenhuma possibilidade de recuperação”, observa.

O especialista indica, ainda, que exames de ecocardiograma em 3D, realizados no ano de 2022, também, conforme o estudo HAARLEM descreveram que ocorre hipertrofia ventricular esquerda com considerável aumento da massa do ventrículo esquerdo e do volume do átrio esquerdo, além de redução da fração de ejeção, ou seja, o coração fica dilatado e insuficiente (enfraquecido). “Nesse mesmo estudo, houve aumento das pressões sistólica e diastólica, bem como o diagnóstico de hipertensão arterial foi dado em 41% dos usuários. Já 33% apresentaram, após 13 semanas, complicações que poderiam aumentar o risco de tromboses”, explica.

Para finalizar, Mourilhe sugere que é preciso ter bastante cautela com qualquer estratégia que entrega resultados rápidos. “Quase sempre essas condutas não são fisiológicas e trazem consequência para o nosso organismo e, em algumas situações, danos bem graves”, finaliza. Com informações de Agência Estado

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