O desejo de desenvolver esse trabalho partiu de situações cotidianas vivenciadas pelos estudantes durante a pandemia de Covid-19
Por Wesley Ribeiro
Com o objetivo de aliar a arte contemporânea, a pandemia e as questões sociais, os alunos de uma escola pública estadual, em Cariacica, produziram releituras das obras da artista urbana afegã Shamsia Hassani. O despertar da solidariedade e o desejo de desenvolver esse trabalho, cujo tema foi “A beleza da resistência na arte”, partiu de situações cotidianas vivenciadas pelos alunos em meio ao distanciamento social, imposto pela pandemia de Covid-19.
O projeto, realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Hunney Everest Piovesan, culminou em exposições dos trabalhos durante a segunda quinzena de novembro de 2021, levando os demais alunos a apreciação e reflexão de cada obra apresentada.
A iniciativa partiu da professora Lucimara Viana Teixeira, que ao abordar, na disciplina de Artes, as tendências artísticas da contemporaneidade, percebeu o interesse dos alunos pelas obras da artista, pois retrata situações vividas pelas meninas e mulheres do Afeganistão.
“O sentimento dos alunos ao desenvolverem esse trabalho foi de solidariedade, mas, principalmente, em conjunto, enviar vibrações positivas não só para o povo afegão, mas para todo mundo, no sentido de que não importa o que esteja acontecendo, há esperança”, disse a professora Lucimara Viana Teixeira.
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Os estudantes que participaram falaram sobre a experiência, caso da aluna Letícia Martins de Andrade. “As obras de Shamsia me fizeram refletir sobre outras realidades, apesar das cores escuras e pálidas de suas obras, existe um ponto suave e colorido em todas. Na sua maioria flores, representando a esperança”, disse.
Para Guilia Brandão Martins, “participar do trabalho foi muito significativo, pois, as obras de Shamsia Hassani transmitem a realidade opressora que se passa no Afeganistão, tendo as mulheres como as vítimas principais. Reproduzir suas obras foi uma maneira de passar essa mensagem tão importante que não pode ser calada.”
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