O paciente com suspeita da varíola está em isolamento domiciliar com sintomas de febre, aumento dos linfonodos do pescoço e erupções cutâneas
Por Wesley Ribeiro
Mais um caso suspeito da varíola dos macacos é registrado no Espírito Santo. O paciente é um homem, com idade entre 30 e 39 anos, e com histórico de viagem recente ao estado de São Paulo, que já confirmou mais de 200 casos da doença.
A informação foi divulgada pela secretaria de Estado de Saúde (Sesa) na última terça-feira, 20 de julho de 2022. O paciente está em isolamento domiciliar após procurar o serviço de saúde com sintomas de febre, aumento dos linfonodos do pescoço e erupções cutâneas.
- Presidente do banco dos Brics analisa oportunidades para o ES
- Acesse nossas redes sociais: Instagram e Twitter
Segundo o órgão, o monitoramento está sendo realizado pela vigilância epidemiológica municipal, que acompanha também os contatos próximos do paciente.
No Espírito Santo, esse é o sexto caso suspeito de Monkeypox. Segundo a Sesa, três foram descartados, dois deram positivos e um está em investigação. Todos os seis casos são de homens, com idades entre 20 e 49 anos, com histórico de viagens a São Paulo ou países com casos confirmados da varíola dos macacos.
No mundo, nas últimas semanas foram registrados mais de 15.300 casos em 70 países, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência de saúde pública dos Estados Unidos.
Emergência de saúde pública
Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu nesta quinta-feira, 21 de julho de 2022, o comitê de especialistas em varíola dos macacos para determinar se o atual aumento de casos é uma emergência de saúde pública de alcance internacional, seu nível mais alto de alerta.
Sobre o sexto caso suspeito no Espírito Santo, a Sesa informou também que as amostras foram coletadas e seguiram para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), para fluxo laboratorial da realização de diagnóstico diferencial.
A Sesa ressalta que o Lacen é capacitado para realizar o teste molecular específico para detecção do vírus da Monkeypox, porém ainda não recebeu os insumos do Ministério da Saúde.
Caso não haja a confirmação para nenhuma doença no diagnóstico diferencial, as amostras serão encaminhadas ao laboratório de referência, no Rio de Janeiro.
Descoberta pela primeira vez em humanos em 1970, a varíola do macaco é menos perigosa e contagiosa do que a varíola, que foi erradicada em 1980. A maioria dos casos é detectada em homens entre 18 e 50 anos.