Além do maior número de endividados, o Estado apresentou a maior alta de endividamento do Brasil em um ano
Por Amanda Amaral
O Espírito Santo é o 4º entre os estados brasileiros com o maior número de consumidores endividados, 88,5% das famílias pesquisadas. Além disso, os capixabas apontaram a maior alta de endividamento no Brasil em um ano, 20,8%.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
À frente do Espírito Santo está Paraná (95,8%), seguido por Rio Grande do Sul (91,9%) e Rio de Janeiro (89,7%). Em quinto lugar, entre os estados brasileiros com maior número de famílias endividadas, aparece Minas Gerais (87,2%).
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Inadimplência atinge recorde
Com relação à inadimplência a pesquisa da CNN aponta que a proporção de famílias brasileiras com contas atrasadas cresceu de 30% em setembro para 30,3% em outubro, quarta alta mensal seguida. Em um ano, o avanço de 4,6% no indicador foi o maior desde março de 2016.
Endividamento
A pesquisa apontou ainda queda de 0,1% na proporção de endividados em outubro, após três altas consecutivas. No total, 79,2% das famílias pesquisadas no Brasil relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa).
O avanço em um ano foi de 4,6%, a menor taxa anual desde julho de 2021.O endividamento está menor tanto entre as famílias de rendas média e baixa (até 10 salários mínimos) quanto para aquelas na faixa de maiores rendimentos (acima de 10 salários mínimos), segundo a CNC.
A redução, na passagem mensal, foi mais expressiva entre os consumidores de renda elevada, para quem houve queda de 0,5%. Porém, em um ano, a proporção de endividados cresceu mais, justamente, nesse grupo – a alta foi de 5,8%, ante 4,3% para os que recebem até 10 salários mínimos.
“A geração progressiva de vagas no mercado de trabalho, a queda da inflação nos últimos meses, além das políticas de transferência de renda mais robustas têm aumentado a renda disponível, o que explica a desaceleração da proporção total de endividados”, indica o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Também foi identificado por meio da Peic que a proporção de famílias com dívidas atrasadas por mais de 90 dias vem reduzindo desde abril. Em outubro, esse indicador alcançou 41,9% dos inadimplentes, a menor proporção desde dezembro de 2021.
Com informações da CNC.