Um painel com mais de 50 especialistas vai debater sobre o setor de energia elétrica e traçar estratégias para o futuro
Por Amanda Amaral
Na terça-feira (10) e na quarta-feira (11) acontecerá um painel com 50 especialistas do setor de energia. O evento “Rota Estratégica para o Futuro da Industria do Espírito Santo – Energia 2035”, será realizado na Federação das Indústrias do Estado (Findes), sempre a partir das 12 horas.
Os profissionais e técnicos da área vão elaborar a visão de futuro para o segmento de energia no Espírito Santo, identificar as barreiras enfrentadas e traçar uma agenda de ações de curto, médio e longo prazo para o pleno desenvolvimento do setor de energia até 2035.
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“Dada a importância do setor energético para o Estado, essa rota estratégica irá direcionar um pouco mais o seu olhar para certas áreas/temas como geração de energia elétrica fotovoltaica, eólica, biomassa, gás natural e hidroelétrica; e mudança para uma matriz energética mais renovável e com menor emissão de gases do efeito estufa”, explica a economista-chefe da Findes e gerente-executiva da Observatório da Indústria da federação, Marília Silva.
Rotas Estratégicas
O Indústria 2035 é um importante projeto para a promoção da competitividade no estado, colocando-o em patamar de destaque em âmbito nacional e internacional.
O projeto Indústria 2035 possui três etapas. A primeira delas, chamada de Setores Portadores de Futuro para o Estado do Espírito Santo, é a elaboração de uma lista composta por 17 setores mais promissores para desenvolver a economia do Estado até 2035. Essa definição foi feita em 2018 por 179 especialistas de todas as regiões do Espírito Santo.
Diante da identificação de setores e áreas mais promissores para o Estado, foi reconhecida a necessidade de construir uma trajetória específica para o desenvolvimento de cada segmento portador de futuro do Estado.
Este é o objetivo da segunda fase do Indústria 2035, denominada de Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria do Espírito Santo 2035. Nela é elaborada um plano estratégico de longo prazo para os 17 Setores Portadores de Futuro.
Esse plano tem o objetivo de elaborar as visões de futuro, identificar barreiras e fatores críticos, e propor de uma agenda convergente de ações para setores citados até o ano de 2035.
Até o momento foram elaboradas 5 Rotas Estratégicas: Agroalimentar e Indústria do Café; Biotecnologia; Petróleo e Gás Natural; Confecção, Têxtil e Calçados; e Construção. O próximo setor que será contemplado será o de Energia.
Histórico do Setor
No ano passado, devido à crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começou um processo de escalada das bandeiras tarifárias de energia. Isso porque a principal fonte de geração de energia no Brasil, hoje, é a hídrica.

Em julho do ano passado, o país chegou ao patamar 2 da bandeira vermelha, a mais elevada de todas, o que impactou nos custos de produção da Indústria e também do consumidor domiciliar.
“Ao longo dos anos, e depois de passar pela experiência dos apagões que ocorreram no início dos anos 2000, muitas indústrias do Estado incorporaram práticas de economia de água e energia”, comenta a presidente da Findes, Cris Samorini. De acordo com a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP), em 2019, último dado disponível, as indústrias consumiram 7.342,2 GWH de energia, sendo que elas autoproduziram 44,5% deste total.
Muitas empresas capixabas estão investindo na geração própria de energia, como a produção solar, diversificando a matriz energética do Estado”, ressalta Cris.
Com informações do Observatório da Indústria.