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sábado, 20 abril, 2024

Especialista alerta para fraudes usando o PIX

Com a popularização do Pix e após alguns meses de início do uso já surgiram diversas estratégias de golpes utilizando essa ferramenta

Por Samantha Dias 

Normalmente, as fraudes usando o PIX se aproveitam de falhas ou desatenção das vítimas. O especialista em cobrança e direito do consumidor Afonso Morais detalhou alguns dos principais golpes que estão sendo realizados.

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Falsos funcionários

No golpe do falso funcionário de instituição financeira, a vítima recebe contato passando por funcionário do banco ou empresa financeira oferecendo ajuda para cadastro da chave PIX, ou afirmando a necessidade de realizar algum teste, induzindo à realização de transferência bancária que será feita para a conta do golpista.

Falso sequestro

A pessoa entra em contato com a vítima afirmando que sequestrou alguém da família e fala que tem um valor a ser pago. A golpista aproveita o desespero da pessoa, e até imita a voz de um familiar, levando a pessoa a fazer a transferência. É mais uma das fraudes usando o PIX.

Golpe do Bug

Esse golpe aproveita da má-fé da vítima, pois espalha em redes sociais (vídeos ou mensagens de WhatsApp, por exemplo) afirmando que o PIX está com alguma falha em seu funcionamento (chamado “bug”) e é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Contudo, ao tentar tirar proveito dessa ação a vítima enviará dinheiro para golpistas.

Phishing

Os ataques de phishing são muito comuns e usam mensagem que aparentam ser reais para que o indivíduo forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões. Desconfie de mensagem recebida por e-mail ou por redes sociais, principalmente, as que possuem links suspeitos ou que pedem dados pessoas.

Clonagem de WhatsApp

Outro golpe que vem crescendo com o PIX é da clonagem do WhatsApp. Neste, os golpistas elaboram uma mensagem no WhatsApp informando falsamente que são de empresas com as quais as vítimas têm relacionamentos ou cadastros ativos. A partir disso é solicitado o código de segurança, enviado por SMS, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.

De posse desse código, é replicada a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via PIX.

Engenharia Social no WhatsApp

No golpe de engenharia social com WhatsApp o criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, envia mensagens para contatos, informando que teve de trocar de número devido a algum problema. Assim, aproveita e pede uma transferência via PIX, dizendo estar em alguma emergência.

Como se prevenir?

Para o advogado são precisos alguns cuidados para se prevenir dessas situações. “As pessoas devem sempre suspeitar de mensagens pedindo dinheiro, principalmente quando são urgentes. Assim, antes de qualquer ação busque ter certeza de quem está falando”.

Uma medida simples para evitar golpe é habilitar, no WhatsApp, a opção “Verificação em duas etapas”, basta acessar e seguir o seguinte caminho: Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app, contudo, os golpistas já estão conseguindo vencer essa barreira também. Por isso, evite e deixe a família e conhecidos avisados que nunca irá solicitar dinheiro por esse meio.

“Mas, como pode ver, os aproveitadores nem precisam mais clonar o WhatsApp. Por isso, uma alerta importante é sobre a necessidade de cuidado com a exposição de dados em redes sociais, fique atento a sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário. Além disso, recebendo mensagem de alguém que afirmar ter mudado o número, certifique-se dessa informação”, alerta Afonso Morais.

“Importante lembrar que instituições financeiras não solicitam dados pessoais ativamente e bancos não fazem teste de PIX. Sem contar que os sistemas bancários são muito avançados para terem “bug” que dê dinheiro às pessoas”, complementa Afonso Morais.

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