Números de casos de partos realizados em meninas de idade entre 10 e 19 anos vem reduzindo nos últimos 4 anos
Por Otávio Gomes*
Até o mês de julho, o Espírito Santo teve redução de cerca de 31% nos casos de gravidez em crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do governo do Estado (Sesa).
O Estado vem sofrendo redução no número de casos de gravidez precoce nos últimos 5 anos. Em 2019, foram registrados 7.305 partos de nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos no Estado, com redução para 5.548 em 2023. Até o mês de julho deste ano, o Estado registrou 2.269 partos, o que representa uma redução de 31,06% nos casos neste mesmo período.
A coordenadora médica da Maternidade de Alto Risco do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, Rosângela Maldonado, explica que a gravidez na infância e adolescência pode trazer complicações antes e depois da gestação tanto para a mãe quanto para o feto. “Por falta do preparo físico e emocional, essa menina, que engravida tão nova, pode desenvolver problemas graves de saúde, como diabetes, anemia e hipertensão. Além disso, o bebê, que muitas vezes nasce prematuro, pode nascer com complicações respiratórias e apresentar dificuldades no desenvolvimento físico e mental. Fora todos esses problemas de saúde, essa jovem, que é mãe cedo, ainda pode enfrentar problemas emocionais e socioeconômicos”, esclareceu Rosângela.
A Sesa destaca que reforçou as ações voltadas para reduzir a gravidez precoce, como a oferta gratuita de preservativos e anticoncepcionais, ofertados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e o Programa Saúde na Escola (PSE), projeto realizado em parceria com Secretaria da Educação (Sedu) para promover conscientização às crianças e jovens da rede de ensino do Estado.
O PSE realiza ações educativas ministradas por profissionais de saúde da atenção primária nas 1.955 escolas públicas dos 78 municípios capixabas. As atividades do projeto são voltadas à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, ao atendimento à saúde sexual, além do fornecimento de orientações sobre os riscos da gravidez na adolescência.
*Sob supervisão de Erik Oakes
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