O superintendente da Associação Capixaba de Supermercados, Hélio Schneider, afirmou que a medida pode ajudar nas vendas
Por Amanda Amaral
Atendendo ao pedido feito na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro, os supermercados no Espírito Santo vão tentar reduzir a margem de lucro sobre produtos da cesta básica, como arroz e o feijão. As informações são da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps).
“Na realidade, todo esforço para combater a inflação é bem-vindo. O maior impacto para nós e a sociedade como um todo, veio com o preço dos combustíveis, em função da logística, mas vamos solicitar aos nossos fornecedores que se sacrifiquem também. Além de conter a inflação, nós vamos vender mais em quantidade. O nosso setor ganha com escala e o consumidor ganha também”, explicou o superintendente da Acaps, Hélio Schneider.
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Sazonalidade e margem de lucro
Contudo, Hélio Schneider destacou que o setor supermercadista enfrenta alguns embates relacionados à sazonalidade de alguns alimentos e o fato da margem de lucro dos produtos da cesta básica já ser muito baixa.
“Eu acho que a solicitação é bem-vinda. O nosso setor, de um modo geral, sempre colaborou, independente do pedido. O setor é altamente competitivo, mas o mercado desses produtos da cesta básica é acirrado, o que é bom para o consumidor, porém eles possuem uma margem de lucro muito pequena”, explica o superintendente da Acaps.
Ele complementou: “Ainda existem as sazonalidades. É o caso do feijão que, principalmente nas regiões produtoras como Sudeste e Sul, o clima não ajudou. Dessa forma, a oferta cai e o preço sobre”, comenta.
Redução de impostos
O apelo do presidente Jair Bolsonaro foi feito durante uma videoconferência, quando ele participou do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na última quinta-feira (09).
“A conversa é o seguinte: ICMS, IPI, nós reduzimos esses impostos, então, ao longo da cadeia, trégua. É aquilo que você, João Galassi [presidente da Abras], disse muito bem, o seguinte: ‘nova tabela de preço, só em 2023’. Trava os preços! Vamos parar de aumentar os preços aí [por] dois ou três meses, estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, afirmou na ocasião.
Com informações da Agência Brasil.
