Em relação ao volume de carne bovina comercializada em 2024, produto ficou em terceiro lugar, perdendo apenas para café cru em grãos e gengibre
Por Kikina Sessa
O Brasil bateu recorde nas exportações de carne bovina em 2024. Foram 3,7 milhões de toneladas voltadas ao mercado externo, com a China sendo o maior consumidor da carne bovina brasileira, com 46% das compras.
Esse cenário ocorreu também no Espírito Santo, que registrou um aumento de 39,1% no volume de carne bovina exportada, chegando a cerca de 6 mil toneladas enviadas ao exterior, tendo também a China como o principal destino do produto capixaba.
O aumento da exportação não tem uma correlação direta com aumento da produção, esclarece a zootecnista Renata Erler. “Nossa carne é a mais barata do mundo, e com a desvalorização do real, fica ainda mais interessante comercialmente para os outros países. Além disso, conseguimos abrir novos mercados”. Argélia, Emirados Árabes, Líbano e Jordânia são países que fazem parte desse novo mercado comprador de carne capixaba.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seag), a carne bovina está entre os 10 produtos que se destacaram em geração de divisas, com US$ 27,2 milhões. As maiores variações positivas no valor comercializado foram para café cru em grãos (119,1%), café solúvel (42,2%), celulose (41,2%), mamão (34,7%), carne bovina (32,7%), chocolates e preparados com cacau (27,6%), gengibre (20,6%) e pescados (19,1%).


Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para café cru em grãos (67,7%), gengibre (49,2%), carne bovina (39,1%), mamão (35,9%), café solúvel (19,7%), chocolates e preparados com cacau (14,1%), pescados (6,5%) e álcool etílico (4,6%).

“A carne passou a ser destaque na exportação no Espírito Santo porque a principal planta frigorífica, que já exportava para alguns países, foi habilitada para atender o mercado Chinês, o que potencializou exponencialmente a exportação estadual”, comenta Erler.
“Caso não tenhamos nenhum problema sanitário ou desacordo comercial, as exportações seguirão firmes”, avalia a zootecnista e especialista em gestão pecuária 360º.