Nova ferramenta, anunciada por Casagrande em junho durante o evento Sustentabilidade Brasil, intensifica as ações contra o desmatamento
Por Redação
O Espírito Santo alcançou uma redução de 32,7% no desmatamento ilegal da mata nativa em 2023, em comparação com o ano anterior, conforme dados da 19ª edição do Atlas da Mata Atlântica. Esse avanço é reflexo de uma política ambiental rigorosa que ganhou um novo reforço nesta terça-feira (03) com a inauguração da Central de Monitoramento de Florestas (CMF) pelo governo estadual. A central será responsável por monitorar e fiscalizar toda a vegetação nativa do Estado, além de gerenciar alertas de desmatamento ilegal em tempo real.
A CMF, equipada com tecnologia de ponta, possibilita o acompanhamento ágil de qualquer mudança na vegetação, facilitando a identificação rápida de áreas desmatadas e dos infratores, o que acelera os processos de penalização.
Segundo Leonardo Monteiro, diretor geral do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), essa ferramenta coloca o Espírito Santo na vanguarda do combate ao desmatamento no Brasil. “Não há nenhum outro estado brasileiro com uma central como a nossa, em termos de qualidade e precisão dos dados. Esta nova ferramenta será um divisor de águas, somando-se ao trabalho habilidoso e sério dos nossos fiscais. Estamos determinados a zerar o desmatamento ilegal. Quem insistir em cometer crimes ambientais no Espírito Santo será rapidamente identificado e penalizado”, destacou.
A inauguração da CMF já havia sido anunciada pelo governador Renato Casagrande durante o evento Sustentabilidade Brasil, realizado em junho deste ano no Espírito Santo, onde foram divulgadas outras iniciativas visando acabar com o desmatamento no estado.
A central funciona em uma sala equipada com cinco workstations de última geração, capazes de processar imagens com rapidez, além de um vídeowall composto por seis monitores de 55 polegadas, oferecendo um impacto visual significativo para a análise de dados e imagens.
“O monitoramento das florestas é realizado com base em imagens de satélites atualizadas mensalmente. Com o processamento dessas imagens e o uso do índice espectral NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), é possível mapear e identificar as áreas desmatadas em todo o Estado”, finalizou João Marcos Chipolesch, subgerente de Regularização Ambiental do Idaf.