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quinta-feira, 25 abril, 2024

ES Brasil Debate discute Petróleo e Gás no Espírito Santo

ES Brasil Debate discute Petróleo e Gás no Espírito SantoOportunidades para empresas e profissionais, investimentos em educação, cadeia produtiva e meio-ambiente foram alguns dos temas levantados no debate

O boom petroleiro no Espírito Santo suscita muitas expectativas mas também várias dúvidas em especialistas e na sociedade em geral. Num rápido crescimento, o Estado atingiu o posto de segundo maior produtor nacional, e tem o objetivo de saltar de sua produção atual de 300 mil barris diários para a marca de 500 mil até 2015. Mas será que o capixaba está preparado para lidar com as mudanças impostas pela produção de petróleo no Estado? E o futuro desta atividade, como será?

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A julgar pelo público que compareceu ao ES Brasil Debate realizado na noite desta terça-feira (16), há muita gente interessada nestas questões. O auditório da faculdade UCL, na Serra, ficou lotado para a realização deste evento que teve como tema “Petróleo e Gás no Espirito Santo: Oportunidades e Desafios”.

Mais de 200 pessoas estiveram presentes e puderam enviar suas perguntas durante o debate moderado pelo empresário e articulista de ES Brasil, Eurípedes Pedrinha Filho. Além do mediador, compuseram a mesa Luiz Robério Silva Ramos, gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito Santo; Cristina Velloso Santos, subsecretária de Desenvolvimento do Estado, em representação do secretário Márcio Félix que se encontrava em agenda com o governador; Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espirito Santo (Findes); Ana Paula Vescovi, economista e articulista da Revista ES Brasil; e Marcus Vinícius Lisboa, professor da UCL.

Luiz Robério Ramos destacou a amplitude proporcionada pela cadeia de petróleo e gás, que envolve desde trabalhos como hotelaria, alimentação e manutenção até operações complexas de alta tecnologia, o que propicia uma movimentação bastante significativa de toda uma rede de atividades econômicas na região. Do ponto de vista do Estado, uma das maiores preocupações é como utilizar os recursos gerados por esse processo em prol de um projeto benéfico para a sociedade e a economia, como explicou Cristina Santos. Ela afirma que o projeto do governo busca utilizar as compensações geradas pela produção petroleira para fortalecer três eixos: a redução das desigualdades regionais, a proteção do meio ambiente e o investimento em inovação e tecnologia.

O presidente da Findes, Marcos Guerra, colocou como uma das maiores preocupações diante do crescimento acelerado do Espírito Santo, não só no petróleo mas em todo o setor industrial, a formação de mão-de-obra qualificada. Salientou que a Findes investe 82% de seu orçamento em educação, principalmente na educação profissionalizante. Por outro lado, Ana Paula Vescovi destacou o caráter do mercado de trabalho do setor de petróleo e gás. “Trata-se de um mercado aberto, competitivo e global”, afirmou. Com isso, a mão-de-obra formada aqui pode encontrar espaço em outros estados ou países, assim como trabalhadores de fora podem vir ocupar vagas aqui no Espírito Santo. Ela também frisou que o petróleo não necessariamente traz desenvolvimento, pois historicamente os países que conseguiram realmente se desenvolver a partir da renda petroleira foram os que já tinham uma boa base como educação de qualidade, transparência e regras estáveis na governança.

O professor Marcus Vinicius Lisboa ressaltou, entre outras coisas, a importância de uma maior proximidade entre a indústria e a academia, através de convênios que possibilitem um maior desenvolvimento e a formação de profissionais com capacidade e possibilidade de serem absorvidos pelo mercado. Mas, segundo ele, isso não exime de maior investimento no ensinos fundamental e médio, pois especialmente na área de exatas, muitos alunos ingressam no ensino superior com defasagem em conteúdos básicos.

O formato do debate proporcionou grande dinamismo e diálogo, através de respostas rápidas às perguntas iniciais feitas pelo moderador, seguida de um espaço para questões lançadas pelo público. “De modo geral, todo ES Brasil Debate tem como pano de fundo algum cenário econômico relevante no Estado, alguma nova perspectiva de investimento e é interessante porque traz um foro aberto participativo com distintas visões, já que diferentes instituições são representadas pelos convidados. Isso permite ter um panorama mais ampliado do assunto”, afirmou Eurípedes Pedrinha Filho.

O evento foi realizado pela Revista ES Brasil e Next Editorial, contanto com apoio institucional da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, UCL, In Company Offshore, Rede Tribuna e Bristol Hotels. A cobertura completa do evento você pode acompanhar na próxima edição da Revista ES Brasil.

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