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sexta-feira, 19 abril, 2024

Enade: Matrículas em instituições públicas crescem e em rede privada reduzem

20,4% dos estudantes que ingressaram no ensino superior por meio de políticas de ação afirmativa ou inclusão social

Com base nos dados obtidos pelo Exame Nacional de Desempenho (Enade) 2016, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentou na última sexta-feira (1º) o perfil do estudante do ensino superior no Brasil. As informações são da Agência Brasil.

Atualmente, o perfil do estudante brasileiro é branco (51,7%); solteiro (74,4%); mora com pais ou parentes (54,6%); tem renda familiar de, no máximo, R$ 2.640; não trabalha (56,4%); não tem renda (54,5%) e se dedica no máximo a tr3 horas de estudos semanais extraclasse.

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Segundo o Enade 2016, 20,4% dos estudantes ingressaram no ensino superior por meio de políticas de ação afirmativa ou inclusão social. Deste total, 35,4% por terem estudado em escola pública ou particular com bolsa; 30,1% por critérios de renda; e 10% por critério étnico-racial.

No ano passado, o número de matrículas em cursos de graduação da rede pública aumentou 1,9% em relação a 2015. A rede privada registrou a primeira queda em 25 anos, com redução de 16.529 alunos (0,3%).

Um dos dados que mais chamaram a atenção da presidente do Inep, Maria Inês Fini, foi o relativo a pouca dedicação dos alunos ao estudo extraclasse. “Os alunos de ensino superior estão estudando poucas horas por dia. Se você considerar a característica daqueles que trabalham, isso é até compreensível. Mas não deixa de evidenciar que o número de horas diárias despendidas de estudo é baixo porque a maioria dedica no máximo três horas de estudo extraclasse por semana”, disse.

“Cada vez mais, o mundo do trabalho exige formação constante autônoma a ser feita pelo estudante, que é o futuro profissional. As demandas profissionais que eles terão de enfrentar exigirão um estudo contínuo. Isso sempre será um impositivo para ter sucesso no mundo do trabalho”, afirmou. De acordo com o levantamento, 2,8% dos estudantes apenas assistem às aulas.

Programas

A diretora de Avaliação de Educação Superior, Mariangela Abraão, é enfática ao dizer que o ensino brasileiro não é elitizado. “O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) continuam tendo muito peso, e o uso de bolsas e outras políticas afirmativas são observáveis com a análise dos dados”, disse.

Os dois programas beneficiam 36,5% do total de estudantes que responderam à pesquisa. E desse total, 62,6% têm renda familiar de até três salários-mínimos; e 61,5% são os primeiros da família a ter acesso à educação superior.

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