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quinta-feira, 25 abril, 2024

Empresas e órgãos públicos se adaptam para evitar o coronavírus

Em meio a pandemia do novo coronavírus, as entidades buscam meios de seguir as recomendações das organizações de saúde, sem atrapalhar a produtividade

A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) já fez mais de 7 mil mortos em todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a lançar uma cartilha com orientações para as atividades laborais. Entre as recomendações está a liberação dos membros para trabalhar em home office.

Nos últimos dias, diversas empresas e órgãos públicos do Brasil e do mundo adotaram o trabalho remoto como medida para proteger os funcionários e conter o avanço, adotando regimes de rodízio, em locais em que não apresentam muitos riscos e sem altos índices de casos registrados da doença; além das férias coletivas antecipadas, a fim de evitar a disseminação do vírus entre a população.

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Faesa
A Faesa emitiu comunicado cancelando as aulas e informando que os funcionários trabalhariam em regime de home office. – Foto: Divulgação

Algumas empresas já estão se adaptando, como é o caso da Loga Internet, operadora capixaba de internet por fibra óptica, que tomou uma série de medidas de prevenção. De acordo com a gerente de Recursos Humanos, Célia Helena Rodrigues de Mendonça, o calendário de treinamentos foi revisado, restringindo a circulação dos empregados para Estados onde existem casos confirmados ou suspeitos.

A empresa também elaborou um plano de contingência para viabilizar o trabalho em modelo home office de áreas essenciais, caso isso se torne necessário, e antecipou a compra de equipamentos importados da China visando a minimização de riscos de parada dos atendimentos em um possível cenário mais hostil da epidemia.

Além disso, foram adquiridas 1.500 máscaras cirúrgicas e mil embalagens individuais de álcool em gel para distribuição entre os empregados, e instalados mais 42 dispensers com o produto para higienização de mãos, totalizando 82 em todas as unidades da empresa.

Brasil

A Homer, plataforma gratuita e pioneira que conecta corretores imobiliários em todo o Brasil, com sede no Rio e Janeiro, instruiu seus colaboradores a trabalharem remotamente, de forma a se evitar as aglomerações de transportes públicos, além do cancelamento de viagens corporativas.

Além disso, com foco em preparar os corretores para continuarem seus trabalhos nesse período, a CEO do Homer, Lívia Rigueiral, tem feito lives passando dicas e cuidados. A agenda será intensificada nos próximos dias, com o objetivo de munir os corretores com mais informações.

Nesta quarta-feira (18), a empresa disponibilizará uma lista de ferramentas digitais, um guia de como trabalhar em casa, como falar com cliente e como aproveitar esse tempo em casa, por exemplo, arrumando os gastos e demandas, no qual o Homer vai liberar um modelo de planilha.

Já a EZTEC Empreendimentos e Participações, com sede em Moema, em São Paulo, adotou o sistema de rodízio. A empresa, especializada em construção civil, atua com cerca de 300 funcionários, e, a na última semana, os colaboradores não vão ao escritório começaram a atuar em home office em tempo integral. Já os funcionários que não comparecem à empresa trabalham em jornada de trabalho normal.

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, informou que uma reunião entre sindicatos e indústria deve acontecer nesta quinta-feira (19). O objetivo do encontro é avaliar a possibilidade de adotar férias coletivas e fazer suspensões de contratos de trabalho (lay-offs) para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Educação pública e privada

No setor educacional também houve uma mudança. Na segunda-feira (16), o governador Renato Casagrande anunciou a suspensão das aulas na rede municipal e estadual, e privada como forma de evitar a transmissão do Covid-19. A medida foi informada durante a Sala de Situação de Emergência em Saúde Pública, que se reuniu no Palácio Anchieta, em Vitória. As férias coletivas antecipadas começaram nessa terça-feira (17) e vão até o dia 04 de abril.

Casagrande
O governador Renato Casagrande anunciou que as aulas nas escolas públicas e privadas deveriam ser suspensas até o dia 04 de abril por medidas de segurança. – Foto: Hélio Filho / Secom

Desde o anúncio de casos suspeitos do coronavírus no Estado, o Centro Educacional Leonardo Da Vinci triplicou o número de suportes de álcool em gel em seus ambientes e solicitou aos alunos dos ensinos Fundamental 2 e Médio que levassem garrafinhas ou copos individuais para hidratação ao longo do dia, evitando assim o uso direto dos bebedouros coletivos.

Como já ocorria na rotina da escola, todos os alunos e professores foram orientados a não compartilharem copos, pratos e talheres, e a lavarem regularmente as mãos, principalmente antes das refeições e após o uso do banheiro. Quando as crianças apresentavam algum quadro de doença, os estudantes eram avaliados pelo médico da instituição e os responsáveis são informados.

Universidades

A Universidade Vila Velha (UVV), seguindo as recomendações das organizações de saúde do Estado, suspendeu todas as atividades acadêmicas em suas unidades. A decisão é válida a partir do turno noturno e vai até o turno matutino na próxima segunda-feira (23).

Ainda nesta semana, os alunos serão notificados pelo blog acadêmico sobre atividades a serem realizadas em ambiente virtual. No dia 23, um novo comunicado sobre a situação das aulas será divulgado.

A Multivix de Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, decidiu cancelar as aulas por uma semana, por conta da possibilidade de contaminação pelo vírus. Já a Faesa emitiu um comunicado na segunda-feira suspendendo as aulas presenciais entre o turno noturno até o próximo sábado (21).

A medida foi adotada diante do avanço do coronavírus na Grande Vitória. Também estão suspensos os estágios externos obrigatórios dos alunos em unidades de saúde e escolas, bem como as aulas práticas, que terão um calendário próprio de reposição.

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