Empresários da região noroeste do Espírito Santo estão sofrendo com as altas tarifas de energia elétrica. De acordo com o diretor do Sindmóveis – Sindicato da Indústria de Móveis de Colatina, Ortêmio Locatelli, as diferenças nos valores cobrados podem chegar a 88%. Por causa disso, o sindicato se uniu ao Sindicer, Sinvesco e Sindirochas, que representam os setores de cerâmica, vestuário e rochas ornamentais, respectivamente, e criou a Comissão Constituída de Estudo de Custo de Energia Elétrica.
“O problema está causando uma migração de indústrias para regiões onde a energia está mais em conta, como Aimorés, em Minas Gerais. Nossa região não está sendo contemplada pelos grandes investimentos anunciados para o Estado porque a falta de energias alternativas afasta qualquer investidor de bom senso”, afirma Locatelli.
Na última semana, o grupo esteve em Brasília com deputados, prefeitos dos municípios das redondezas e empresários para uma reunião com o diretor geral da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, e com o diretor da ASPE – Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo, Fernando Schetino.
O resultado foi positivo: as instituições, juntamente com o conselho de consumidores da ELFSM – Empresa Luz e Força Santa Maria, vão se reunir e farão um estudo das tarifas e dos critérios praticados pela concessionária. Após a conclusão, será analisada a necessidade de mudança na legislação e se há falhas nas cobranças. Caso esta última hipótese seja confirmada, os valores deverão ser devolvidos retroativamente.