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sexta-feira, 29 março, 2024

Empresários capixabas comemoram Reforma Trabalhista

Marcada por confusões e protestos de senadores da oposição, a Reforma foi aprovada por 50 votos a favor, 26 contra e uma abstenção. Empresariado capixaba comemora. 

O texto principal da Reforma Trabalhista aprovado no dia 11 de julho pelo senado foi recebido com expectativa e comemorado pelos empresários capixabas que veem na aprovação uma evolução na relação entre empregador e empregado.

O diretor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), Ilson Bozzi, diz que a Reforma Trabalhista deveria ter ocorrido em outros governos.

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“Lula e Dilma não tiveram forças para iniciar a reforma que deveria ter acontecido há tempos. Ela é uma conquista para o trabalhador e irá penalizar o mal empregador, aquele que explora a força de trabalho do seu empregado e não assina a sua carteira. A multa, neste caso, sobe de um para oito salários, sem contar que haverá flexibilização nas relações de trabalho”.

AVANÇO

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, a aprovação foi um avanço para o Brasil e para as relações entre os setores produtivos. Ele chama a atenção para quem afirma que os trabalhadores perderão direitos.

“Ela (a reforma) mantém todos os direitos dos trabalhadores. Não está se retirando direitos, eles continuam, apenas haverá mais flexibilização destes direitos. Ela atualiza as leis trabalhistas e traz essas leis para a realidade atual. Haverá geração de empregos, produtividade e mais liberdade tanto para os trabalhadores e empresas pela negociação”, disse.

Questionado sobre o imposto sindical, o diretor da Fecomércio-ES, Ilson Bozzi, afirma que a Reforma foi positiva porque deixa o trabalhador livre para decidir se quer pagar o imposto (um dia do seu trabalho) ou não.

“O pagamento deixa de ser compulsório e passa a ser optativo e outro benefício desta mudança para o trabalhador é que os sindicatos terão que se reinventar e representar melhor os seus sindicalizados”.

SINDICALISTAS

O presidente da Força Sindical no Espírito Santo, Alessandro Martins, lamenta a aprovação da reforma e segundo ele, não irá melhorar a vida do trabalhador. Alessandro afirma ainda que haverá retirada de direitos já adquiridos.

“Só podemos falar em reforma quando se melhora algo, o que não é este caso. Direitos já adquiridos pelos trabalhadores foram retirados e os trabalhadores só irão sentir o peso desta reforma quando forem demitidos e buscarem ajuda na justiça”.

Alessandro acredita que a Reforma Trabalhista não aumentará a oferta de emprego no país. “Quem paga esta conta são os trabalhadores. Só os empresários estão ganhando. A tendência do desemprego irá continuar”.

Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES), Jasseir Alves Fernandes, vê a aprovação da Reforma Trabalhista como falta de compromisso dos empresários com a segurança dos trabalhadores.

“A situação do país continuará a mesma e a reforma causará a instabilidade social. Ela vem para desmontar a segurança nas relações de trabalho, vai aumentar o desemprego e isso tudo irá se refletir na previdência. A aprovação da Reforma Trabalhista retorna o mundo do trabalho para 1930. Ela foi aprovada por senadores que nunca trabalharam na vida, que estão envolvidos em corrupção e que sem moral decidiram a vida de milhões de pessoas”.

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