Em carta assinada pelo governador Renato Casagrande e demais chefes de Estado, eles explicam que a alta no preço da gasolina é um problema nacional
Por Josué de Oliveira
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, assinou uma carta com demais chefes de Estado em que rebatem as acusações do presidente da República, Jair Bolsonaro, com relação ao aumento do ICMS no combustível.
Segundo o documento, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, mesmo nenhum estado aumentando o índice da cobrança do ICMS.
O governador capixaba, assim como os demais signatários, acredita que o problema é nacional e não responsabilidade dos estados, como afirma Bolsonaro. “Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz um trecho da carta.
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O presidente tem afirmado em discurso que o aumento no preço do combustível se deve em grande parte ao ICMS estadual. Esse foi o motivo para que os governadores se posicionassem contra o presidente.
No início deste mês, o governo entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar os Estados a adotarem alíquota única de ICMS sobre os combustíveis.
O documento é assinado pelo próprio presidente e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, e pede que o Supremo fixe prazo de 120 dias para que o Congresso aprove uma nova lei sobre o tema.
Além de Casagrande, assinaram a carta os governadores Rui Costa (PT-BA), Claudio Castro (PL-RJ), Flávio Dino (PSB-MA), Helder Barbalho (MDB-PA), Paulo Câmara (PSB-PE), João Doria (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Mendes (DEM-MT), Eduardo Leite (PSDB-RS), Camilo Santana (PT-CE), João Azevedo (Cidadania-PB), Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Renan Filho (MDB-AL), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Waldez Goés (PDT-AP).
*Com informações da Agência Estado