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quinta-feira, 28 março, 2024

Economista aposta na continuidade das reformas

Apesar de afirmar categoricamente a impossibilidade de previsões econômicas diante da crise política, o economista Samuel Pessôa credita que a importância das reformas ao país irá sustentar a manutenção do calendário no Congresso. 

O calendário de reformas não deve parar, mesmo diante da crise política, em consequência da importância dessas mudanças ao futuro do país. De acordo com o economista Samuel Pessôa, sem as reformas estruturais, não existe perspectivas para a retomada do crescimento econômico.

Durante o Apex Meeting 2017, realizado nesta segunda-feira (29), no Sheraton Hotel, em Vitória, o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) enfatizou que a instabilidade no cenário político inviabiliza qualquer previsão. Mas, acabou afirmando acreditar na permanência de Temer na Presidência da República até as eleições de 2018.

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O economista reiterou o argumento que vem sendo apresentado por ele em seus artigos nas últimas semanas. Diante da nova conjuntura, os primeiros passos da retomada foram interrompidos. Um cenário que exige muito planejamento do empresariado para se manter firme durante a nova turbulência.

Mediador

O economista-chefe da Apex, Arilton Teixeira, mediador do evento, formulou alguns questionamentos ao palestrante e encaminhou perguntas do público. Ele explicou que traçar um panorama real panorama sobre as possibilidades do mercado, a partir dos rumos políticos do país, ajuda o empresariado a planejar as próximas ações. “É um momento de troca de informação qualificada, que funciona como um termômetro sobre o mercado local.”

Economista aposta na continuidade das reformas

Ao final do evento, Arilton Teixeira destacou ainda a importância de que o governo melhore a qualidade da informação sobre a Reforma Previdenciária.

Segundo o especialista, o rombo da Previdência precisa ser dividido em dois grupos. O Primeiro deles, referentes a 10 milhões de trabalhadores rurais, que representam um gasto em torno de R$ 100 bilhões. Pessoas que, de acordo com a CF, não contribuem com a Previdência. “São pessoas que estão no campo, trabalhando muto e irão se aposentar com 60 anos de idade, ganhando um salário mínimo.”

Mudanças na Previdência

Teixeira defende que a aposentadoria dos trabalhadores rurais deveria ser discutida como política social, mas com a revisão de alguns incentivos. “Porque hoje quem não contribui com nada, ao se aposentar, receberá um salário mínimo. O trabalhador que não contribui, poderá receber uma bolsa, mas não aposentadoria.”.

Mas o foco da crítica de Teixeira é mesmo quanto ao “rombo do funcionalismo” federal, estaduais e municipais. “Os números desse grupo giram em torno de 3,5 milhões de trabalhadores que conseguem dar um rombo maior que o do setor privado, superior a R$ 150 bilhões”.

O economista defende o fim dessa garantia. “Um aposentado do setor privado custa, em média, mil reais à Previdência. Enquanto  a média do funcionalismo público federal é de R$ 10 mil. Isso é privilégio. Esses indivíduos não poupam durante a vida produtiva. E com esse privilégio a gente tem que acabar.”

Segundo ele, é justamente esse grupo que não quer perder os benefícios, que está fazendo “mais barulho” e incentivando a propagação do argumento de que se pretende tirar direitos do aposentado. “E não estou dizendo que eles não podem defender seus interesses, porque isso é democrático.”

Governador

O governador Paulo Hartung reiterou a importância do país avançar em reformas estruturantes para recuperar a competitividade sistêmica e reduzir os índices de desemprego no Brasil. “No atual cenário nacional, minha preocupação não é com pessoas ou partido, mas saber se vamos ter capacidade de tocar a agenda reformista que o país precisa.”

Economista aposta na continuidade das reformas

Segundo o governador, o país está atrasado mais de 20 anos e é necessário que todos façam “o exercício de liderança responsável e compartilhada”. Hartung destacou que, ’em plena crise estamos com a casa organizada, sem dívidas, resolvendo problemas de infraestrutura, o que traz competitividade.”

 

 

 

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