No 1º trimestre de 2024, o PIB brasileiro cresceu 2,5%; e no mesmo período, em 2023, crescera 4,2% – ou seja, houve queda do ritmo de crescimento
Por Arilda Texeira
Para o mercado brasileiro alcançar o desenvolvimento que vislumbra, precisará ampliar sua capacidade para interagir com a automatização. E, para isso, terá que ter fôlego cognitivo e mercadológico para acompanhar a direção e o ritmo desse mercado, que já convive com a Inteligência Artificial (IA).
Por enquanto, na maior parte das vezes, essa interação limita-se a acessos de informações disponíveis na web.
A interação dessas linguagens facilita o acesso e compreensão das informações dos relatórios de desempenho das empresas: oportuno para o Brasil refletir sobre os rumos (corretos) que devem ser tomados.
– No 1º trimestre de 2024, o PIB brasileiro cresceu 2,5%; e no mesmo período, em 2023, crescera 4,2% – ou seja, houve queda do ritmo de crescimento.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) do 4º trimestre de 2022 aumentou 3,2% – no mesmo trimestre em 2023, caiu 4,4%. Com esse ritmo e direção, não criará espaço para se desenvolver.
Essas estatísticas sugerem aumento do CONSUMO:
- das Famílias (2023.1) 3,9%; (2024.1; 4,4%);
- do GOV (2,6%) em 2024.1; e 0,6% em 2023;
- e da FBKF – cresceu 1,4% em 2023.1, e 2,7% em 2024.1
- as Exportações aumentaram 6,5% em 2024.1
- e as Importações aumentaram 7,1% entre 2024.1 e 2023.1.
Mesmo que esses números sugiram que a economia brasileira esteja em rota do crescimento, não se pode desconsiderar os obstáculos endêmicos que carrega – dentre eles a baixa capacidade para inovar. Resultado: queda de 2% do PIB anual em 2023.1; e crescimento de 2,5% em 2024.1; e 2% em 2023.1.


A Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF), no 4º Trim de 2018 era 147,6; nesse trimestre, em 2019, chegou a 148,4; no 4º Trim de 2020 166; no 4º Trim de 2021 foi 171,1; e no 4º Trim de 2022 foi 176,7.
Esses números sugerem que, mesmo com obstáculos, a economia brasileira segue na direção do crescimento estrutural. Nele, seus desafios são, alcançar crescimento econômico que que leve ao desenvolvimento.
Para alcançar a inteligência artificial será preciso melhorar a qualidade da informação – diretamente relacionada a qualidade do grau de instrução dos agentes econômicos.
No Brasil, a plutocracia é um obstáculo para alcançar essa meta.
Este detalhe merece atenção.
Arilda Teixeira é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Economia pela Universidade Federal Fluminense.
*Artigo publicado originalmente na revista ES Brasil 225, de dezembro de 2024. Leia a edição completa da Retrospectiva 2024 aqui.