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sexta-feira, 19 abril, 2024

Os bastidores da Economia Criativa pós Covid-19

Os bastidores da Economia Criativa pós Covid-19

Antes de reiniciarmos a economia, é preciso ter em mente a economia que queremos

Por Nathália de Paulla

A Economia Criativa vai muito além de questões relacionadas ao momento da criação de produtos artesanais e handmade. Agora, sensíveis ao momento de pandemia que acomete o planeta, várias faces da economia empreendedora serão remodeladas, revistas e por muitos pequenos empreendedores, reformulada de acordo com antigas formas de movimentação econômica consideradas “passos iniciais”.

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Nos primórdios de qualquer empresa, preza-se o menor dos investimentos. Começos são pautados em espaços menores, com equipes menores e por muitas vezes com linhas de produtos menores e serviços reduzidos. Para que mais negócios não fechem como temos visto, principalmente dentro do comércio local, alguns bons microempreendedores partirão para o que chamados popularmente de “um passo atrás”, mas que na realidade é a estratégia mais inteligente que qualquer produtor pode ter neste período.

Antes de reiniciarmos a economia, é preciso ter em mente a economia que queremos. Felizmente, mesmo em meio a este cenário tão desafiador, as pessoas estão tentando se reinventar da maneira que podem, seguindo e experimentado possibilidades pouco exploradas. A economia é a ferramenta que pode nos ajudar a alcançar os objetivos de acordo com o planejamento. Se algo não vai bem, voltamos ao planejamento para verificar o que pode ter acontecido. Se preciso for, mudamos o processo.

E é neste momento que a Economia Criativa se apoiará inteligentemente na Economia Colaborativa. Muitas marcas pequenas começaram sua trilha participando de lojas colaborativas, feiras e eventos. Sem previsão de segurança para feiras e eventos com aglomeração, dado o fato do artesanato não ser um serviço essencial, restam as lojas colaborativas, que podem oferecer delivery, atendimento personalizado com segurança para clientes, além do total apoio ao comércio local.

Considerando que até empresas de grande porte serão acometidas por demissões em massa, redução na produção, déficit de investimentos entre outros obstáculos pós pandemia, este impacto tende a ser maior no pequeno produtor. Então, para equilibrar a saúde econômica e evitar fechamentos e falências, tudo indica que o retorno (ou até mesmo o início de novas marcas) será dentro dos moldes colaborativos. Tudo isso, na intenção de preservar capital, ter um networking altamente eficaz e publicidade e marketing facilitados no famoso “boca a boca” até que as vendas se estabeleçam de forma saudável.

Faz-se necessária essa adaptação e reconexão da Economia Criativa com a Economia Colaborativa, fazendo desses dois caminhos que por algum tempo se tornaram, de forma equivocada, caminhos distintos e agora fazem mais sentido que nunca juntos, em prol da sobrevivência de toda e qualquer expressão empreendedora.

Nathália de Paulla é empresária e especialista em economia criativa. Criadora da Colaborarte, mercado colaborativo capixaba que reúne  arte, moda e artesanato. 

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