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quinta-feira, 25 abril, 2024

ES: Economia cresceu 8,1% em 2021

O Espírito Santo cresceu mais que o Brasil (4,6%) puxado, principalmente, pelos setores de serviços (9,2%) e da indústria (6,2%)

A economia capixaba cresceu 8,1% este ano, se comparada ao ano de 2020. O crescimento supera o desempenho do Brasil (4,6%), de acordo com o Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Além disso, a atividade econômica no Estado, em 2021, superou em 5,4% o patamar do 4º trimestre de 2019, período pré-pandemia, enquanto o país apenas 0,5%. O ano passado ainda foi marcado pela pandemia, além disso, pela retração econômica e a crise hídrica.

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Serviços e Indústria

Nessa retomada, os setores de serviços (9,2%) e da Indústria (6,2%) tiveram papel importante, ficando acima do resultado brasileiro, serviços (4,7%) e indústria (4,5%). O setor industrial, inclusive, apresentou retração durante cinco anos consecutivos. A exceção foi aa agricultura, que recuou 0,8%.

“A Indústria capixaba teve um importante papel na geração de riquezas no Espírito Santo em 2021. Ela é o segundo maior setor da economia estadual e corresponde por 22% do PIB do Estado. O resultado positivo que tivemos no ano passado representa todo o esforço e dedicação do segmento para superar os desafios que chegaram com o coronavírus”, comenta a presidente da Findes, Cris Samorini.

Pandemia da Covid-19

A industrial lembra que o ano de 2021 foi caracterizado pela reabertura e retomada das atividades econômicas no Estado, no país e no mundo, após as restrições provocadas pelo primeiro ano de pandemia (2020).

“A evolução da pandemia em 2021 ocorreu no início da vacinação contra a Covid-19, seguido pelo aumento de casos e ocupações de leitos de UTI no Brasil e no Espírito Santo, entre meados de março e abril, mas com uma significativa mudança a partir de então. Com o avanço da imunização da população e a melhora no quadro epidemiológico, que teve início no final do segundo trimestre do ano passado, o Estado e o país passaram a flexibilizar as medidas restritivas contra a doença, viabilizando a retomada mais segura das atividades, sobretudo aquelas que requerem maior interação física, como o setor de serviços”, analisa.

A gerente-executiva do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies/Findes) e economista-chefe da Findes, Marília Silva, explica que alguns desafios econômicos se impuseram durante o ano, como o descompasso entre as cadeias globais de suprimentos, o surgimento de novas variantes, o aumento global dos preços puxado pela crise mundial energética e aumento dos preços das commodities e, em especial no contexto local, a crise hídrica e a redução do poder de compra das famílias brasileiras.

Níveis Pré-pandemia

A economista-chefe da Findes ressalta que, ainda que a base de comparação seja deprimida, dado que a economia capixaba recuou 4,5% em 2020 – em função dos impactos adversos do primeiro ano de pandemia – muitas atividades conseguiram reverter o quadro de perdas em 2021.

Entre as atividades que se destacaram estão: a Indústria de transformação (16,3%), a construção (12,6%) e o comércio (18,6%), que superaram o nível do quarto trimestre de 2019.

Indústria da Transformação

“Especificamente sobre a Indústria de transformação, todas as atividades pesquisadas registraram avanços em 2021, motivadas pela retomada de demanda interna e externa ao estado. O destaque ficou por conta das atividades de celulose e papel e de fabricação de pré-produtos alimentícios que, além de crescerem 13,9% e 5,6%, respectivamente, em 2021, também cresceram em 2020 (21,5% e 2,8%, nesta ordem), ano em que a maioria das atividades econômicas apresentou resultado negativo”, explica Marília.

Por sua vez, as duas atividades que compõem o setor da indústria extrativa capixaba apresentaram queda, sendo a mais expressiva do setor de petróleo e gás (-19,3%), que acumula seis anos consecutivos de retração. A pelotização e outras atividades contraíram 10,7% e totalizaram o terceiro recuo anual.

Terceiro e Quarto Trimestres de 2021

ES: Economia cresceu 8,1% em 2021
Segundo Cris Samorini, o setor da indústria é o segundo maior setor da economia estadual. Foto: Divulgação/Findes

No último trimestre de 2021, a atividade econômica do Espírito Santo ficou relativamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2021, ao variar +0,2%. Os avanços nos serviços (1,5%) e na agropecuária (7,1%) contrabalancearam a queda de 4,8% na Indústria.

Diferentemente do segundo e do terceiro trimestre, em que a análise comparativa se dava em cima de bases contraídas, no quarto trimestre de 2021 a comparação ocorre frente a um período de recuperação.

O quarto trimestre de 2020 foi caracterizado pela retomada de muitas atividades econômicas. Neste contexto, a economia capixaba apresentou aumento de 4,1% nesta análise interanual, impulsionada pelo setor de serviços, que cresceu 7,7%. Por sua vez, a Indústria e a agropecuária contraíram 4,8% e 2,0%, respectivamente.

O que é o IAE?

O IAE é uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba. O IAE-Findes busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial do estado.

Ele é um indicador que permite mensurar a atividade econômica enquanto ainda não estão disponíveis as informações anuais do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE, que apresentam defasagem de 2 anos.

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