Com a ajuda de aplicativos e outras ferramentas, foi possível viabilizar compras em poucos cliques
Por Wagner Júnior Correa
A pandemia de Covid-19 afetou diversos setores importantes da sociedade, sendo o comércio um dos segmentos seriamente prejudicados pela crise sanitária que se estende até os dias de hoje.
Mediante a tantas restrições, como fechamento de lojas, lockdown e o medo de sair de casa, esse cenário também acelerou uma adaptação de diversos setores para os ambientes digitais. Com a ajuda de aplicativos, redes sociais e outras ferramentas utilizadas pelo e-commerce, foi possível viabilizar compras em poucos cliques e, ao mesmo tempo, cumprir as exigências impostas pela necessidade de isolamento social.
O uso de aplicativos e de redes sociais pelos consumidores para a realização de suas compras tem crescido significativamente. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, no último ano oito em cada dez internautas (79%) fizeram alguma compra usando aplicativos de lojas, um aumento de 18 pontos percentuais em comparação ao estudo realizado em 2019.
No momento da pandemia, quando o e-commerce se potencializou, esse modelo se apresentou como uma ferramenta de enfrentamento às baixas vendas diante da impossibilidade de comercialização nos ambientes físicos em necessidade de isolamento e fechamento de lojas, por determinação do governo.
O que já era uma realidade, se acelerou. Acreditamos, portanto, que trata-se de um processo sem volta e que poderá agregar ainda mais força às vendas. Isso porque muitos comerciantes e empresários investiram em melhorias para otimizar esse serviço. Desta forma, é possível oferecer um atendimento com mais qualidade.
A pesquisa também revelou que 54% dos entrevistados apontam a agilidade e a praticidade como principais fatores que influenciam a compra via aplicativo.
Portanto, o enfrentamento dessa realidade difícil que afetou em cheio o comércio necessita de um constante aprimoramento, para que os meios seguros de vendas online sejam cada vez mais possíveis e acessíveis a todos.
Muitas marcas investiram em desenvolver aplicativos mais ágeis e seguros para atenderem às necessidades dos clientes, sendo que muitos deles adotaram essa prática recentemente e que antes da crise sanitária até ofereciam certa resistência ao serviço.
Isso significa que o varejo precisa continuar apostando em ferramentais que atraiam os consumidores, reduzindo a distância entre as compras físicas e online. A partir de experiências positivas, o impulsionamento das vendas poderá se dar, inclusive, por novos clientes que vivenciaram bons resultados dessa prática.
É preciso, efetivamente, utilizar o e-commerce como uma ferramenta de ganhos, tanto consumidores quanto comerciantes.
Após quase um ano e meio de pandemia, os diversos setores da sociedade se esforçam no sentido de retomar o crescimento e o desenvolvimento.
Com ações conscientes de preservação à vida, foco no fortalecimento da economia e na criatividade, é possível abrir caminhos e encontrar novas soluções para os problemas e gargalos trazidos pela crise.
Wagner Júnior Correa é superintendente da CDL Vitória.