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sexta-feira, 19 abril, 2024

Dragagem do porto de Vitória será retomada na próxima semana

Articulação junto ao Executivo Federal foi da líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB/ES). 

União faz mais uma promessa de conclusão das obras de dragagem do Porto de Vitória. Dessa vez, após um ano e quatro meses de paralisação, a retirada de sedimentos será retomada na próxima semana e deverá estar concluída em outubro, o que possibilitará a movimentação de 10 milhões de toneladas de carga, 40% a mais que a capacidade atual.

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O anúncio foi deito pelo presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luís Cláudio Santana Montenegro, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (4). Segundo ele, a retomada das obras “só foi possível graças à parceria da Codesa com a bancada federal e, principalmente, graças ao esforço da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES)”, líder do governo no Congresso.

A obra, que teve seu contrato assinado em 2012, mas foi paralisada em março de 2015, ficará em torno de R$ 120 milhões, a partir de investimento do governo Federal. O canal do porto hoje tem 11,4 metros de profundidade e permite navios com calado de 10,6 metros, 242 metros de comprimento e carga máxima de 40 mil toneladas.  Com a conclusão da dragagem, a profundidade do canal passará a 14 metros, de modo que possibilitará navios com calado de 12,5 metros, 265 metros de comprimento e carga de 60 mil a 70 mil toneladas. O que poderá significar mais competitividade e desenvolvimento para a economia capixaba, segundo Montenegro. 

Novos equipamentos para a retomada das obras chegaram no domingo (3) e na manhã de segunda. A Draga Novadragamar – Etemar atracou no berço 102 do Cais Comercial de Vitória no final de semana, enquanto a barcaça Petrax 1 chegou nesta segunda. Já estava no Cais uma das barcaças, a Petrax 2, e ainda chegará a Draga Brage-R, da Nova Zelândia, no dia 20 de julho.

“Recebemos o equipamento e começamos a parte final da dragagem aqui no Porto de Vitória. Apenas com essas dragas nós conseguiríamos fazer a retirada dos sedimentos que restam (rocha e argila). Esperamos que, em uma semana, após a liberação dos procedimentos burocráticos de importação temporária, possamos iniciar o trabalho”, explicou Montenegro.

“Com isso, passamos a ter nova capacidade e nova perspectiva comercial.Vamos receber navios com muito mais capacidade de contêineres, o que implica em um frete menor, mais atratividade e desenvolvimento para a economia do Espírito Santo”, completou.

O presidente da Codesa confirmou também que as obras do Porto colocarão o Estado nas rotas internacionais e vão colaborar com o transporte de novas mercadorias, como a soja. “Temos a expectativa de movimentar soja até o final do ano. E o café é um exemplo que poderemos voltar a exportar a partir daqui. Hoje, os exportadores reclamam porque o café não tem frete competitivo, o que os faz ter de organizar um passeio logístico com a mercadoria”, disse Montenegro.

Radares

Outro anúncio feito por Montenegro foi que o serviço de monitoramento do Porto de Vitória, com radares de segurança marítima, estará instalado entre o final de julho e início de agosto. O presidente garantiu que é um dos “sistemas mais modernos do mundo”, conhecido como VTMS (Vessel Traffic Management Information System). “Com esse sistema nós poderemos controlar as operações com muito mais segurança. Teremos radares, câmeras de visão de longa distância, leitura de maré. Ou seja, um conjunto de tecnologia que possibilitará nosso serviço ir além'”, afirmou. Montenegro chegou a comparar o sistema como o oferecido para o piloto de avião. “Com o equipamento adequado, um piloto de avião opera até sem enxergar muito bem”, disse. O valor para a instalação do VTMS no porto é de R$ 22,5 milhões.

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