Simone Marçal compartilha sobre ações da MM Projetos Culturais para difundir e fomentar a música e a economia criativa no Estado
Por Mariah Friedrich
A diretora da MM Projetos Culturais Simone Marçal é a entrevistado do site ES Brasil para falar sobre Formemus, uma das principais feiras de música do Brasil, que chega a sua 6ª edição entre quarta (7) e sábado (10), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória. Ela explica que a conferência promove oportunidades para fortalecer relações e ampliar as possibilidades de negócios. “É um evento de conexão e networking”, destaca.
Simone Marçal descreve o Formemus como uma plataforma composta por várias ações além da conferência, como o Lab-técnica, laboratório de sonorização iluminação e produção de palco, realizado no início do ano, o Lab-artístico, que envolveu 23 artistas no ano de 2023, além de oficinas de elaboração de projetos e gestão durante o ano.
Na conferência, a programação inclui paineis, palestras, showcases, shows, mostras, rodada de negócios e pitching musical. “A ideia é trazer pessoas importantes no mercado, como players, curadores de festivais, gravadoras, TVs e colocar em um mesmo espaço para que os artistas possam conhecer essas pessoas e elas também possam conhecer os artistas daqui”, afirma a produtora cultural.
A diretora da MM Projetos culturais conta que a produtora surgiu em 2018 como uma parceria entre ela e o produtor cultural Daniel Morello após perceberem a necessidade de realizar uma feira de música no Estado, que não possuía um espaço de conferência em que os músicos, produtores, empresários e outros artistas pudessem se conectar.
Desde então, eles têm desenvolvido uma série de projetos relacionados à música e economia criativa no Espírito Santo, como o festival de música intrumental Marien Calixte, Festival de Música na Infância (Musin) e o Prêmio da Música Capixaba.
Simone Marçal aponta que a capital capixaba precisa avançar em alguns pontos para explorar melhor seu potencial cultural, mas o principal desafio tem sido a falta de espaços para sediar eventos e projetos “Tem um ou dois funcionando e precisamos de espaço para fazer as coisas”, observa.
Em relação às leis de incentivo, a diretora da MM Projetos Culturais avalia a necessidade de aumentar o limite orçamentário para atender mais projetos.
“A demanda é muito maior que o valor. Em segundo lugar, precisamos de incentivo para as empresas aportarem nos projetos. Muitas empresas nem conhecem a lei, então acho que deveria ter uma mobilização do Estado para isso, tem melhorado nos últimos anos mas ainda precisa avançar, pois muita gente ainda não tem acesso. E a lei é para que todos os produtores tenham acesso”, acrescenta a entrevistada.
A diretora do Formemus avalia que a missão da plataforma é contribuir para gerar valorização para os artistas e profissionalização no mercado capixaba “É um projeto à longo prazo”, ressaltou.
Assista a entrevista na íntegra: