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sábado, 20 abril, 2024

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

No mundo todo, a estimativa é de que 900 milhões de pessoas podem desenvolver a surdez até 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)

Por Wesley Ribeiro 

No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas, 5% da população, têm algum problema relacionado à surdez, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre essas pessoas, 2,7 milhões não ouvem nada. No mundo todo, a estimativa é de que 900 milhões de pessoas podem desenvolver a surdez até 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Nesta quarta-feira (10), comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à surdez. Também não é para menos. Com números tão alarmantes é essencial discutir sobre as causas e possíveis tratamentos para quem sofre com a perda auditiva ou com a surdez.

Enquanto os graus dividem as perdas auditivas segundo um critério quantitativo, a diferenciação dos tipos de surdez se refere à origem anatômica do problema auditivo.

Assim, seguindo os achados da audiometria, pode-se classificar a surdez como condutiva, sensorioneural ou mista, como se segue:

  • Surdez de condução ou transmissão: causada no ouvido externo e médio. Muitas vezes pode ser tratada com medicamento ou cirurgia.
  • Surdez neurossensorial: causada no ouvido interno e/ou vias nervosas. Pode ser progressiva e geralmente é permanente.
  • Surdez mista: causada tanto no ouvido externo e/ou médio, quanto no interno. Há uma combinação entre perda auditiva condutiva e neurossensorial.
  • Fones de ouvido são responsáveis por 35% dos casos de surdez
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A surdez congênita é aquela que acomete crianças ainda durante a gestação, sendo a doença mais frequente nesta população. O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento adequado, segundo a otorrinolaringologista, a Doutora Priscila Tiussi Rodrigues, do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc).

“Por isso é tão importante fazer o teste da orelhinha logo após o nascimento. E se existe registro familiar de surdez, outros testes específicos devem ser realizados para avaliar o caso da criança”, explica a doutora.

Perda auditiva

Se não tratada, a perda auditiva também pode levar a surdez. No caso de crianças, os seguintes sinais podem indicar perda auditiva:

  • A criança não acorda com barulhos fortes
  • Não atende quando chamada pelo nome
  • Olha muito para os lábios de quem fala
  • Pede continuamente que a outra pessoa repita o que foi dito
  • Fala muito alto ou baixo
  • Não presta atenção na aula e apresenta dificuldades em entender o que o professor fala
  • Aumenta constantemente o volume da televisão e/ou aparelhos sonoros
  • Tem dificuldade em ouvir e falar ao telefone e ouvir sinais da campainha

Em todos os casos, é importante buscar ajuda médica para identificar o grau de perda auditiva e os tratamentos disponíveis.

Entre os adultos, os sintomas mais comuns são:

  • Sensação de não estar ouvindo direito.
  • Zumbido
  • Sensação de pressão dentro da cavidade auricular

A doutora Priscila explica que, com o tratamento adequado, é possível melhorar a condição do paciente ou evitar que a perda auditiva se agrave. Quanto mais cedo o paciente buscar ajuda médica, mais chances ele terá contornar o problema. Por exemplo, com o uso do aparelho auditivo que entra para compensar o percentual de perda auditiva, uma vez que ele atua como amplificador sonoro.

“Além de usar os EPI’s, aqueles pacientes que trabalham em áreas com muito ruído devem fazer exames periodicamente para avaliar a condição da sua audição. Devem fazer exames mesmo sem sintomas. Para as perdas auditivas por causa de ruídos, a audição não volta mais”, alerta a otorrinolaringologista.

Cuidados e prevenção

Algumas medidas básicas podem evitar o problema, como por exemplo:

  • Usar EPI’s se trabalha em áreas com ruído;
  • Evitar usar fones de ouvido por longos períodos;
  • Usar fones de ouvido com no máximo 50% da capacidade do volume;
  • Evitar manipulação de ouvidos com cotonete

Doenças também podem estar relacionadas à perda auditiva, tais como:

  • Infecções virais
  • Doenças autoimunes
  • Diabetes

O excesso de medicamentos e os quimioterápicos também podem levar a alguma perda auditiva. O importante é fazer exames regularmente e tentar uma solução mais precocemente, segundo Priscila.

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