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quinta-feira, 25 abril, 2024

Dia da Terra: precisamos falar sobre o descarte incorreto do lixo

Dia da Terra: precisamos falar sobre o descarte incorreto do lixo
Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

Crise climática, poluição, desmatamento e disposição final inadequada do lixo que produzimos. Esses são apenas alguns problemas que permeiam e antecedem o Dia Internacional da Terra, comemorado em 22 de abril.

Por Mirela Souto

A verdade é que o planeta e sua biodiversidade necessitam de atenção e cuidados. As provas são inegáveis, o meio ambiente sente os impactos da ação humana.

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Desde 1970 o dia 22 de abril é reservado para que possamos criar consciência sobre os problemas ambientais, sobretudo o que podemos fazer para cuidar da Terra como ela merece ser cuidada. Zelar por sua integridade é uma responsabilidade coletiva. Desde civis até grandes corporações, precisamos defender o meio ambiente. Mas, para que isso aconteça, uma ação é necessária: a mudança e atitudes novas. Como bem disse Mahatma Gandhi, “nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

De todos os problemas ambientais e socioambientais (que não são poucos), a destinação inadequada do lixo ainda é uma realidade evidente em nosso país. Em 2020, segundo o Panorama de Resíduos Sólidos editado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), registramos mais de 3 mil lixões no Brasil, locais que não contam com medidas necessárias para garantir a integridade do meio ambiente. Acontece que quando o resíduo não é destinado de forma ambientalmente correta seu destino final acaba impactando nossos oceanos, rios e solos. Além da contaminação desses ecossistemas, os animais são as principais vítimas.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, é bem clara ao determinar que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Contudo, mais de três décadas se passaram desde a promulgação da Constituição e vivemos hoje um limite planetário em que a Terra está ameaçada. Só nos últimos dez anos a geração de resíduos cresceu 19%, segundo a Abrelpe. Como sociedade, cabe a nós conscientizar e buscar alternativas para que nossos resíduos não contribuam para deterioração do planeta e dos seres que o habitam.

Para que uma mudança realmente aconteça, todos precisam estar conscientes de suas responsabilidades: poder público, cidadãos e instituições privadas. Mas não basta apenas reconhecer os seus deveres, é preciso agir ativamente para mudar a realidade. Todos nós somos responsáveis pela quantidade e tipos de resíduos que geramos. Por isso, também temos um papel fundamental na geração de lixo e, principalmente, em sua destinação final. Ainda que muitos não tenham refletido sobre isso, o cuidado com nossos resíduos é e continuará sendo um fator chave na conservação da nossa única casa – o Planeta Terra – para as gerações futuras.

 

Mirela Souto é formada em administração de empresas, com especializações em Gerenciamento Avançado de Projetos pela FGV. Desde 2006 integra o corpo gerencial da Marca Ambiental atuando como gestora de comunicação e imagem.

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