A influenciadora é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) que mira grupo ligado atividades ilícitas em casas de apostas
A Justiça de Pernambuco concedeu liberdade para a influenciadora digital Deolane Bezerra, presa na última quarta-feira, 4, durante a operação da Polícia Civil de Pernambuco que mira uma organização criminosa suspeita de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. A confirmação foi feita por sua irmã Dayanne Bezerra que fez publicação na manhã desta segunda-feira, 9, nas suas redes sociais, e também pela defesa de Deolane.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco disse, no entanto, que ainda há procedimentos para serem realizados até a saída dela da unidade.
As autoridades dizem que entre os alvos da investigação está um grupo ligado a bets (sites de apostas esportivas), mas afirmam que o alvo da investigação são atividades não permitidas pela lei (apostas esportivas são regulares). Há suspeita de que as bets eram usadas para lavar dinheiro do jogo do bicho.
Também por meio da publicação, Dayanne disse que a mãe segue detida na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), na região metropolitana.
“Estamos indo buscar a Deolane no presídio. Saiu o habeas corpus dela. Mas a vitória não foi completa, porque a minha mãe não conseguiu. Meu Deus, que injustiça”, publicou Dayanne.
Na noite de domingo, 8, a influenciadora redigiu uma nova carta aberta. No documento, divulgado em suas redes sociais, ela reiterou sua inocência e disse que “não há uma prova sequer” contra ela.
“Não é fácil uma mulher nordestina, mãe solo, criada por mãe solo, vinda da comunidade, chegar aonde eu cheguei. As provações são gigantes e irei passar por todas elas”, escreveu.
Operação teve carros de luxo e aeronaves apreendidos
Além de 19 mandados de prisão, a Operação Integration cumpriu 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações) e valores. Também foi pedido o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
Os mandados foram cumpridos no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos eles foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca da capital pernambucana.
A investigação começou com a apreensão de R$ 180 mil e já está na 3ª fase. É voltada para um esquema de lavagem de dinheiro adquirido por meio de jogos de azar e dividida em três fases: aquisição, ocultação e integração do dinheiro ao patrimônio dos envolvidos – esta última ocorre é a que motivou a prisão de Deolane.
Os sites VaideBet e Esportes de Sorte afirmam cumprir a legislação e dizem estar à disposição das autoridades. Com informações de Agência Estado