O STF vai decidir sobre o caso em que conversa do senador tucano com Joesley Batista foi gravada quando ele pedia R$ 2 milhões ao empresário
A denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB) relativa à delação do empresário Joesley Batista está com julgamento marcado. No dia 17 de abril, o Supremo Tribunal Federal decidirá sobre o recebimento da denúncia no inquérito que envolve a empresa JBS.
O caso foi apresentado há mais de 10 meses. As investigações apontam que Aécio solicitou a Joesley Batista R$ 2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. A conversa foi gravada pela Polícia Federal (PF). O senador foi acusado dos crimes de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça. A denúncia partiu do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A data foi marcada pelo presidente da Segunda Turma do STF, ministro Alexandre de Moraes. O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello. Os outros integrantes da Segunda Turma são Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. As informações são da Agência Brasil.
Aécio Neves negou qualquer irregularidade no pedido feito a Joesley Batista. O tucano alega que a quantia dizia respeito a um empréstimo pessoal, sem nenhuma contrapartida em favor do empresário.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.
Defesa
A defesa de Aécio Neves divulgou nota nesta terça-feira (10). O advogado Alberto Toron disse que o senador foi “vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico”.