Em planilha que entregue à Procuradoria Geral da República, o nome do presidente em exercício aparece ao lado do valor R$ 1,5 milhão.
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado entregou aos investigadores da Lava Jato a contabilidade de propinas que, segundo ele, foram repassadas a políticos de partidos diversos. Em uma planilha intitulada ‘Vantagens ilícitas em Doações Oficiais (R$)’, que traz quatro colunas – doador, beneficiário, ano e valor – o delator lançou nome do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) ao lado do valor R$ 1,5 milhão.
O mesmo documento cita Gabriel Chalita, ex-secretário municipal de Educação da cidade de São Paulo, gestão Fernando Haddad (PT), e as iniciais ‘QG’, referência à empreiteira Queiroz Galvão suposta repassadora daquele montante. Segundo Machado, Michel Temer teria pedido a ele, em 2012, que conduzisse a captação de R$ 1,5 milhão para a campanha de seu apadrinhado, Gabriel Chalita, então candidato à Prefeitura de São Paulo.
Machado garantiu que entregou à Procuradoria-Geral da República dados que reforçam sua versão sobre repasses ilícitos também ao senador Valdir Raupp (PMDB/RR), entre eles “o registro de entrada de Valdir Raupp na Transpetro, contatos feitos por ligações e doações oficiais. registro de entrada na Base Aérea Militar de Brasilia em 2012, e doação oficial ao então candidato do PMDB na capital paulista Gabriel Chalita, feitos pela Queiroz Galvão ao diretório nacional do partido e deste ao PMDB de SP”, aponta delação
A assessoria do presidente interino não se manifestou e a Queiroz Galvão afirmou que as informa que todas as doações eleitorais obedecem a legislação e que não comenta investigações em andamento.