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quinta-feira, 2 maio, 2024

Degelo de geleiras pode libertar toneladas de bactérias

Os cálculos a respeito das geleiras baseiam-se em cenário de aquecimento global “moderado”, desenvolvido por um painel de peritos em clima

Grande quantidade de bactérias pode ser liberada à medida que as geleiras derretem. Os cientistas estão preocupados com a possibilidade de agentes patogênicos, potencialmente nocivos, chegarem a rios e lagos. Pesquisadores da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, insistem na necessidade de agir rapidamente para conter o aquecimento global.

Os cientistas analisaram a água do degelo de oito geleiras na Europa, América do Norte e em dois locais da Groenlândia. As geleiras são enormes corpos de gelo em movimento lento, que se formaram ao longo de centenas ou milhares de anos. Com o aquecimento global, estão derretendo em ritmo preocupante – provocando a subida do nível do mar.

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A equipe de Aberystwyth estima que a situação poderá resultar na liberação de mais de 100 mil toneladas de micróbios e bactérias, no ambiente, durante os próximos 80 anos – um número comparável a todas as células de todos os corpos humanos na Terra.

O microbiologista Arwyn Edwards revelou à BBC que o estudo mostrou claramente, pela primeira vez, a “vasta escala de microrganismos que vivem na superfície ou no interior dos blocos de gelo”.

“O número de micróbios liberados depende estritamente da rapidez com que as geleiras derretem e, consequentemente, da forma como continuamos a contribuir para o aquecimento global”, afirmou.

Os cálculos da equipe baseiam-se em cenário de aquecimento global “moderado”, como o que foi desenvolvido por um painel de peritos em clima. O que fará com que as temperaturas globais aumentem entre dos dois e os três graus Celsius, em média, até 2100.

Segundo Arwyn Edwards, “à medida que o fluxo de micróbios em rios, lagos e fiordes (vales rochosos inundados pelo mar) aumenta, poderá haver impactos significativos na qualidade da água”.

“Globalmente existem 200 mil bacias hidrográficas que são alimentadas por água proveniente do degelo e algumas são ambientes muito sensíveis, pouco desenvolvidas em termos de carbono orgânico e nutrientes”.

“Em outras há muita atividade econômica, com milhões de seres humanos cuja subsistência depende da água que, em última análise, provém dessas geleiras”, acrescentou o microbiologista.

Edwards lembra que os blocos de gelo são pensados como enorme reservatório de água congelada, mas que a primeira lição dessa investigação é que eles são também ecossistemas por direito próprio”.

Milhares de diferentes microrganismos são encontrados em geleiras, ou armazenados no seu interior, mas, “alguns podem ser prejudicais aos seres humanos”.

“O risco é pequeno, mas requer avaliação minuciosa”, disse o microbiologista.

Com informações de Agência Brasil e RTP

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