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segunda-feira, 7 DE outubro DE 2024

Cursos profissionalizantes reduzem chance de desemprego na pandemia

A crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 deve se estender pelos próximos dois anos

 

Segundo um levantamento realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O cálculo leva em consideração o alto índice de desemprego que deve atingir o mundo até 2023. De acordo com os dados divulgados no último mês, a probabilidade é de que 205 milhões de pessoas percam seus postos de trabalho até o fim do ano que vem. A pesquisa também revela que 187 milhões de pessoas perderam o emprego em 2020.

A América Latina, segundo o estudo, está entre as regiões mais afetadas por essa crise econômica. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no primeiro trimestre de 2021 o Brasil registrou um recorde histórico de 14,8 milhões de pessoas desempregadas, um aumento de dois milhões em comparação com o mesmo período do ano anterior. A região mais atingida é o Nordeste.

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Educação e empregabilidade

A pesquisa do IBGE ainda aponta que pessoas com formação intermediária são as primeiras a perderem seus empregos devido à crise, enquanto um trabalhador com nível superior completo tem 95,3% de chance de continuar empregado por pelo menos cinco trimestres a mais. Quando os profissionais com Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto são analisados, esse percentual despenca para 87,4%.

Para Bruno Sampaio Gonçalves, diretor da escola profissionalizante Portal Jovem Empreendedor, a formação profissional ajuda a reduzir as chances de demissão. “Se a recolocação no mercado de trabalho tem tirado o sono de muitos, conseguir o primeiro emprego acaba se tornando uma tarefa, por vezes, ainda mais árdua, principalmente pela falta de experiência”, comenta.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE, no último trimestre de 2020 cerca de 70% dos desempregados eram jovens de 14 a 24 anos. Para ajudar jovens a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho, Gonçalves criou o Portal Jovem Empreendedor, que visa ajudar pessoas a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho.

Certificação profissional

No Brasil, mesmo com o aumento na frequência escolar, o acesso a cursos profissionalizantes continua restrito. De acordo com o IBGE, somente 5,2% dos adultos com até 30 anos têm ensino profissionalizante.

Luciana Leal, dona de casa, ficou fora dessa estatística até o ano passado. “Em 2020, decidi sair da minha zona de conforto e busquei uma certificação profissional. Me matriculei em dois cursos, Auxiliar Administrativo e Informática Empresarial, e hoje estou cada vez mais perto de conseguir me recolocar no mercado de trabalho”, comenta.

De acordo com o diretor da escola, Gonçalves, o portal pode incentivar a profissionalização para que as pessoas tenham melhores condições de vida mesmo sem ter frequentado uma faculdade, seja por falta de oportunidade ou dificuldades financeiras.

Com informações de Agência Estado 

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