A economia brasileira criou 118.895 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (23). Esse é o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram fechadas 101.748 vagas formais.
Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em relação a janeiro do ano passado (152.091), houve uma queda de 21,83% na criação de empregos formais.
O resultado do mês passado, por outro lado, representa um crescimento de 0,31% em relação ao estoque de emprego de dezembro, quando o país fechou 408.172 postos de trabalho.
Otimismo exagerado em 2011
Em 2011 toda desaceleração da atividade econômica teve impacto direto na geração de emprego, que foi 25% menor do que em 2010 e ficou abaixo da expectativa do próprio governo.
O ano passado terminou com a abertura acumulada de pouco mais de 1,9 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. No auge do otimismo, o Ministério do Trabalho chegou a falar que poderiam ser criados 3 milhões de empregos. O resultado final ficou aquém mesmo da última previsão, que era de 2,4 milhões de postos.
Por setor
Em termos setoriais, a expansão do emprego em janeiro originou-se do aumento em seis dos oito setores de atividade econômica. O destaque é o setor de Serviços que, com a geração de 61.463 postos (0,40%), obteve o segundo maior saldo para o mês. Na Construção Civil foram registrados 42.199 novos postos (1,46%), também o segundo melhor resultado, para o mês e a maior taxa de crescimento entre os oito setores.
Na Indústria de Transformação, o saldo foi de 37.462 postos (0,46%). Os desempenhos negativos ocorreram no Comércio, com a perda de 36.345 pontos (-0,43%), devido à redução do emprego no Comércio Varejista (-40.724 postos ou -0,57%), e na Administração Pública, com queda de 370 postos (0,05%).