Estimativa é subir 7,8% este ano, sendo 40% deles realizados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
Por Redação
O crédito imobiliário se recuperou no primeiro semestre de 2024, auxiliado pela retomada da captação líquida da poupança no segundo trimestre e pela forte participação de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) nos financiamentos.
Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). No primeiro semestre de 2024, o volume financiado foi de R$ 82,1 bilhões, com aumento de 7% em relação ao primeiro semestre de 2023.
A estimativa da associação é de aumento de 7,8% nos financiamentos imobiliários este ano, sendo 40% deles realizados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS).
A poupança, que nos últimos anos teve mais saque do que captação e registra perdas de R$ 196 bilhões desde 2021, teve alta de 3,3% neste primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, após o início de redução da Selic (hoje, em 10,5% ao ano). A captação líquida foi de R$ 763 bilhões.
Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 16,98 bilhões em junho, elevações de 3% em relação a maio e de 28,3% comparado a junho do ano passado.
Já nos 12 meses encerrados em junho, o volume financiado somou R$ 158,1 bilhões, recuo de 7,2% comparativamente ao período imediatamente anterior.
Unidades financiadas
Em junho, os recursos da Poupança financiaram 50,4 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção. Comparado a maio, houve alta de 3,6%. Em relação junho do ano passado, a elevação foi de 21,1%.
Nos primeiros seis meses de 2024 foram financiados 247,7 mil imóveis com recursos da Poupança, resultado 5,1% inferior ao de igual período de 2023.
Nos 12 meses encerrados em junho, foram financiados 485,8 mil imóveis, resultado 21,6% inferior ao do período precedente.
Poupança capta
A Poupança SBPE registrou captação líquida de R$ 8,9 bilhões em junho, o terceiro resultado positivo do ano. Foi o segundo melhor junho da série histórica iniciada em 1995.
Após sucessivas perdas de recursos desde 2021, a captação líquida de junho mostra recuperação importante das cadernetas. No mesmo período do ano passado, embora também tenha registrado captação positiva (+R$ 2,4 bilhões), foi bem menor que a atual.