A sessão foi marcada por tumulto e protestos
Em uma sessão tumultuada na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), a CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais decidiu pedir a prisão da família acusada de maus-tratos em um apartamento em Vila Velha. Os envolvidos foram convocados, mas não compareceram na reunião realizada nesta quarta-feira (25).
Pessoas ligadas aos movimentos de defesa e proteção dos animais fizeram protesto nas galerias com faixas e cartazes. A manifestação, que pedia a punição dos envolvidos, também aconteceu do lado de fora do Legislativo.
O advogado da defesa, Jamilson Monteiro, não apresentou justificativa para a ausência dos clientes. Os ânimos se exaltaram quando ele tentou interrogar as testemunhas. A presidente da CPI, deputada Janete de Sá, negou a intervenção após consultar a procuradoria da Casa.
“Essa era uma oportunidade deles esclarecerem os fatos e se defenderem. Essa ausência só mostra a falta de compromisso dos três com a causa animal. Nós já estávamos de posse dos depoimentos que eles prestaram à Polícia Civil e por tudo que ouvimos aqui hoje das testemunhas temos provas de que eles exploravam os animais resgatados para arrecadar dinheiro, por meio de vaquinhas virtuais em redes sociais”, declarou Janete.
Durante a sessão foram ouvidas duas amigas da jovem acusada do crime, além do síndico e ex-síndico do prédio onde os animais foram resgatados.
Entenda o caso
No dia 9 de janeiro, 11 animais foram encontrados mortos em um apartamento localizado em Vila Velha. Outros cinco foram resgatados e estavam sobrevivendo da carcaça dos animais mortos. O resgate só foi possível por conta de denúncias de moradores.
“Nós não vamos sossegar enquanto os responsáveis por esse crime bárbaro não forem punidos. Nós não podemos aceitar que pessoas de má fé sobrevivam à custa dos animais”, desabafou Janete.