Existe uma tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTIs) por internação de covid-19 no Espírito Santo e no Brasil.
Por Munik Vieira
Isso é o que confirma a nova edição do Boletim Observatório Covid-19/Fiocruz. O avanço da vacinação, sobretudo nos grupos mais vulneráveis, explicaria o quadro. Até o momento, segundo dados do Painel Covid-19, o Espírito Santo alcançou 2,1 milhões de doses aplicadas – do total, 562 mil completaram o esquema vacinal, com duas doses ou dose única (13,85% da população capixaba).
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No Brasil, até essa quinta-feira (1º), conforme os dados do consórcio da imprensa, o País alcançou 100 milhões de pessoas imunizadas – do total, 26.580.585 completaram o esquema vacinal, com duas doses ou dose única (12,55% da população).
Óbitos em queda no Brasil
Além disso, os registros de vítimas estão em queda há 12 dias consecutivos no país. A média móvel é a mais baixa desde 8 de março e, em relação a 14 dias atrás, o dado apresentou redução de 24%, conforme o consórcio. Nessa quinta, foram relatados 1.943 óbitos e o total chegou a 520.189. O estudo da Fiocruz também indicou uma ligeira queda no número de casos (0,2%) e mortes (2,5%) por dia, ainda que a transmissão continue em patamares muito altos – superiores aos registrados no mesmo período do ano passado.
Quinze Estados, incluindo o Espírito Santo, apresentaram taxa de ocupação de leitos na zona de alerta intermediário, variando entre 60% e 80%.
Desde abril, a curva de óbitos mostra uma trajetória levemente descendente, diferentemente do padrão observado nos índices de transmissão do vírus, que estão em alta desde fevereiro – o que faz com que a pandemia ainda seja considerada fora de controle.
De acordo com o boletim, a redução do número de mortes e de casos mais graves (internados em UTIs) estaria relacionada à vacinação, mais avançada, sobretudo, nas parcelas mais vulneráveis da população. “A dissonância observada entre o aumento nos registros de novos casos e a diminuição da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação no País. Hoje, a cobertura vacinal dentro dos grupos de risco, ou dos grupos prioritários, é mais ampla em relação ao restante da população”, aponta o boletim.
Com informações de Roberta Jansen, Agência Estadão